Desculpem a franqueza, mas Bolsonaro não representa ameaça à democracia

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Esqueçam tudo o que eu disse, poderia alegar Bolsonaro

Por Carlos Newton

A histeria da mídia é impressionante. Desde sempre o deputado Jair Bolsonaro vem sendo apresentado como uma ameaça à democracia, como possibilidade concreta de um retrocesso que abra as portas a uma nova ditadura militar. Essas teses são fruto de análises políticas exibidas com ares de seriedade, baseadas nas próprias declarações que Bolsonaro vem dando através dos tempos. Isso seria resolvido se o futuro presidente fosse irresponsável e antipatriótico como Fernando Henrique Cardoso, que ao chegar à Presidência pediu: “Esqueçam tudo o que eu escrevi”. Com isso, Bolsonaro escaparia de uma série de críticas e seria saudado como novo líder mundial do pensamento neoliberalista.

Mas acontece que o capitão-deputado-presidente não é muito chegado a pensar e precisa ser assessorado permanentemente. E nem todos os seus assessores apresentam o mesmo furor uterino neoliberal do economista Paulo Guedes, que Bolsonaro chama de “Posto Ipiranga”.

HÁ CONTROVÉRSIAS – Esta diferença abissal entre o pensamento privatizante de Paulo Guedes e a doutrina mais conservadora de outros assessores presidenciais já foi constatada e vem sendo motivo de debates da equipe de Bolsonaro, que é multifacetada e integrada também por oficiais superiores das Forças Armadas.

Isso significa que nada está decidido. Bolsonaro é paraquedista, mas seu governo não vai funcionar descendo pacotes econômicos em rasantes sobre o Congresso. Cada reforma de importância passará antes pelo crivo – mesmo informal – da assessoria, e os chefes militares não permitirão aventuras irresponsáveis.

Antes mesmo da eleição, o economista Paulo Guedes, cotado para ministro da Economia (Fazenda + Planejamento) já teve as asas cortadas pelo próprio Bolsonaro.

VOTO CONSCIENTE– Alguns comentaristas estranham o voto do editor do Blog. Volto a explicar que, não havia opção, porque não aceito votar em branco nem anular o voto. Prefiro participar e escolher o menos ruim. No caso, o mais ruim era Fernando Haddad, que representa o maior esquema de corrupção do mundo. O coordenador de sua campanha, por exemplo, era Sérgio Gabrielli, envolvido até o pescoço na corrupção da Petrobras,

Além disso, a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, anunciou na véspera da eleição que Haddad estava comprometido a libertar Lula. Realmente é dose aguentar isso.

Votei consciente em Bolsonaro, sei que não vai perseguir a Lava Jato nem agir contra os interesses nacionais. Confio no general Augusto Heleno, que lidera os demais oficiais superiores da gestão. Acho que Bolsonaro, monitorado pelos militares, pode fazer um bom governo.

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