Denúncias da Folha contra Bolsonaro são uma espécie de “fake escândalos”

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Charge do Cabalau

Carlos Newton

Essa série de denúncias de Folha de S. Paulo sobre mau uso das redes sociais na campanha, anunciando a possibilidade até de cassação do futuro presidente Jair Bolsonaro, que ainda não está nem eleito, mas falta pouco, muito pouco, representa uma nova versão das fake news, que apropriadamente podemos chamar de “fake escândalos”. Motivo: é uma espécie de jornalismo investigativo que aponta a ocorrência de gravíssimas irregularidades, mas sem identificar nenhuma delas, sem apontar um só suspeito, a não ser o candidato que vai vencendo a eleição.

As estranhíssimas matérias da Folha – com todo respeito aos jornalistas que as assinam, porque a gente não sabe o que ocorre na redação – seriam oportunas e muito mais importantes se dissessem que as fakes news e as mensagens nas redes sociais foram usadas por praticamente todos os candidatos, especialmente pelos dois que chegaram ao segundo turno. Isso seria jornalismo.

NÃO É JORNALISMO – Decididamente, estas matérias do tipo “Samba de uma Nota Só” (com perdão dos autores Tom Jobim e Newton Mendonça), que atiram repetidas vezes num determinam alvo e poupam o outro, são um grande exemplo do mau jornalismo que hoje se pratica no país.

O tema precisa ser rebuscado pelos jornalistas e pelas autoridades, mas deve ter como objetivo identificar os “canhões” de notícias que porventura tenham sido utilizados. Esses repassadores massivos de mensagens são o  problema. Quem compartilha mensagens de apoio a seu candidato preferido não está cometendo crime algum.

As próprias redes sociais (Face, WhatsApp etc.) já limitam o número de pessoas que podem receber mensagens. Além disso, é preciso lembrar também que a imensa maioria dos usuários não tem compreensão para distinguir o que é fake news ou não. Apenas recebe a notícia e chuta para a frente. Mas ser ignorante ainda não é proibido no Brasil.

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