Fux envia à primeira instância o inquérito sobre corrupção do ministro Kassab

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Desde prefeito, Kassab recebia propinas da Odebrecht

Mariana Oliveira
TV Globo, Brasília

O ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), enviou à Justiça de São Paulo o inquérito que investiga o ministro da Ciência, Tecnologia e Comunicações, Gilberto Kassab. O inquérito foi aberto após as delações de executivos da Odebrecht e apura se Kassab recebeu R$ 20 milhões em vantagens indevidas da empreiteira entre 2008 e 2014, o que ele sempre negou.

Conforme a Procuradoria Geral da República (PGR), os valores seriam “contrapartida a uma série de benefícios deferidos em favor da Odebrecht, quando [Kassab] era prefeito de São Paulo e ministro das Cidades do governo Dilma”.

SEM FORO ESPECIAL – Ao enviar o caso para a Justiça de São Paulo, Luiz Fux atendeu a um pedido da PGR segundo o qual o processo deveria deixar o Supremo porque os fatos investigados ocorreram quando Kassab não era ministro da Ciência e Tecnologia.

Em junho deste ano, a Primeira Turma do STF decidiu restringir o foro privilegiado de ministros do governo a crimes cometidos no exercício da função e em razão do cargo. Ao analisar o caso de Kassab, Fux destacou que o processo deveria ser enviado para a primeira instância por se encaixar neste entendimento.

“O investigado teria praticado os fatos delituosos quando exercia o cargo de prefeito da cidade de São Paulo e de ministro das Cidades. Conclui-se que os fatos não foram praticados no exercício do cargo exercido atualmente pelo investigado nem estão a ele relacionados, razão pela qual não incide a competência constitucional do Supremo Tribunal Federal para o processo e julgamento da presente causa”, afirmou o ministro.

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