Morre Stephen Hawking

(dr) codyerekson / FlickrO físico britânico Stephen Hawking

O físico britânico Stephen Hawking, cujo trabalho na área da relatividade e dos buracos negros se destacou, morreu nesta quarta-feira (14), aos 76 anos de idade, na sua casa em Cambridge, anunciou a família.

 “Estamos profundamente tristes com a morte, hoje, do nosso adorado pai. Foi um grande cientista e um homem extraordinário, cujo trabalho e legado permanecerão por muitos anos”, escreveram os filhos do cientista, Lucy, Robert e Tim, em texto divulgado por agências de notícias.

No texto, os filhos de Stephen Hawking acrescentam que sua coragem e persistência, assim como sua inteligência e humor inspiraram pessoas por todo o mundo. “Ele disse um dia que ‘esse não seria um grande universo se não fosse a casa das pessoas que amamos’”, acrescentam os filhos.

Hawking é um dos cientistas com maior destaque desde o físico alemão Albert Einstein. Sua obra “Uma Breve História do Tempo” é um dos livros mais vendidos no mundo.

“Meu objetivo era escrever um livro que vendesse nas livrarias dos aeroportos”, confessou na época, dizendo que testara a obra nas enfermeiras que cuidavam dele. “Acho que entenderam praticamente tudo“, comentou orgulhoso pelo livro conter apenas uma equação matemática.

Apesar de sofrer de esclerose lateral amiotrófica desde os 21 anos, Hawking surpreendeu os médicos ao viver mais de 50 anos com a doença fatal, caracterizada pela degeneração dos neurônios motores, as células do sistema nervoso central que controlam os movimentos voluntários dos músculos.

Em 1985, uma grave pneumonia o deixou respirando por um tubo, o forçando, desde então, a se comunicar através de um sintetizador de voz eletrônico. Mas Hawking continuou a desenvolver suas pesquisas na área da ciência, a aparecer na televisão e se casou pela segunda vez.

Professor de matemática na Universidade de Cambridge, Hawking fez parte de uma das mais importantes pesquisas no ramo da física, sobre a “Teoria de Tudo“.

A teoria resolveria as contradições entre a Teoria Geral da Relatividade, de Einstein, que descreve as leis da gravidade que determinam o movimento de corpos como planetas, e a teoria da mecânica quântica, que lida com partículas subatômicas.

Para Hawking, a pesquisa era uma missão quase divina, pois dizia que encontrar a “Teoria do Tudo” permitiria à humanidade “conhecer a mente de Deus”. Anos mais tarde, contudo, Hawking admitiu que a teoria talvez não exista.

Em outro livro, “O Universo Numa Casca de Noz”, explica conceitos como a supergravitação, singularidade nua e a possibilidade de um universo com 11 dimensões.

A combinação entre sua obra e o fato de permanecer quase totalmente incapacitado – no fim, podia apenas contrair alguns músculos do rosto – fez com que se tornasse um dos cientistas mais conhecidos do mundo.

Portador de uma das maiores inteligências do universo, Stephen Hawking nunca foi capaz de explicar, no entanto, o mistério da sua longevidade.

Stephen Hawking, de 76 anos, morreu nesta quarta-feira, 55 anos depois de desafiar a ciência e todas as previsões que lhe davam apenas 2 anos de vida.

Cib

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