Em 3 de março de 1938, uma empresa de petróleo americana perfurou em Dhahran, na Arábia Saudita, o que viria a ser reconhecida como a maior reserva de petróleo do mundo. A descoberta mudou radicalmente a geopolítica da Arábia Saudita, do Oriente Médio e do mundo.

Antes da descoberta, feita pela empresa que mais tarde se transformaria na Chevron, a população saudita era em grande parte nômade e a economia do país dependia das receitas do turismo provenientes de grandes peregrinações muçulmanas à cidade sagrada de Meca. Após a descoberta, os sauditas estabeleceram uma grande infraestrutura de poços, oleodutos, refinarias e portos. Hoje, o petróleo responde por mais de 92% do PIB do país. A petrolífera estatal Saudi Aramco é a empresa mais valiosa do mundo.

A Arábia Saudita é um dos maiores produtores e exportadores de petróleo do mundo. O lucrativo negócio do petróleo fomentou sofisticadas relações diplomáticas entre o país e o Ocidente, assim como o Japão, a China e o Sudeste Asiático. A maioria das nações industrializadas depende de importações de petróleo, e os críticos afirmam que isso permite que a Arábia Saudita exerça um papel desproporcional em algumas decisões de política externa, especialmente aquelas referentes ao Oriente Médio.

A descoberta de petróleo mudou a demografia do reino também. Hoje, milhões de trabalhadores dos EUA, Índia, Paquistão, Etiópia, e países do Oriente Médio vivem e trabalham na Arábia Saudita.

Fonte: National Geographic – 1938: Oil discovered in Saudi Arabia