A resposta do Ocidente contra a ofensiva russa vem sendo inadequada
Mueller alega que, em 2014, a Rússia lançou uma conspiração contra a democracia americana, e ele acredita ter evidências para resistir às negativas da Rússia. A Agência de Pesquisa da Internet, a famosa fábrica de “trolls” russa, que é apoiada por um rico empresário com ligação ao Kremlin, criou uma equipe de “trolling” com sistemas de pagamento e identidades falsas. Seu objetivo era ampliar as divisões nos Estados Unidos e, posteriormente, mudar o voto em 2016 de Hillary Clinton para Donald Trump.
A Europa também foi alvo da ofensiva. Acredita-se que a Rússia tenha financiado políticos extremistas, hackeado sistemas de computadores, além de espalhar mentiras.
É inútil especular quanto dos esforços da Rússia conseguiram alterar os resultados dos votos. Mas a extensão das conspirações suscita preocupações com as vulnerabilidades das democracias ocidentais.
Nesta história, há algumas lições. Uma é que a mídia social é uma ferramenta mais potente dos que as técnicas da década de 1960 de plantar histórias e subornar jornalistas. Mas a mais importante lição é que a resposta ocidental tem sido debilmente fraca. Durante a Guerra Fria, os Estados Unidos lutaram contra a desinformação russa com diplomatas e espiões. Obama, no entanto, voltou atrás antes de impor sanções contra o país por achar que se ele fizesse isso poderia alimentar suspeitas de que estava manipulando as eleições como democrata.
O fracasso de Trump, por sua vez, foi que ele deveria ter se manifestado contra Putin e protegido os Estados Unidos contra a hostilidade russa. Em vez disso, ele se dedicou a desacreditar as agências que investigavam a conspiração.
Para a prosperidade da democracia, os líderes ocidentais precisam encontrar uma maneira de recuperar a confiança dos eleitores.
Fonte: The Economist-How Putin meddles in Western democracies