Ensaios clínicos da vacina do pesquisador Jonas Salk, aplicada em crianças, começaram nos EUA em 23 de fevereiro de 1954

Os ensaios clínicos com a vacina Salk foram os maiores já conduzidos nos EUA, envolvendo cerca de duas milhões de crianças. Apesar de um mau lote ter matado 11 pessoas e de outras 200 terem desenvolvido a doença, em abril de 1955, o governo americano declarou que a vacina tinha 90% de eficácia, além de ser “segura e potente”.
A poliomielite é uma doença altamente contagiosa que provocava surtos terríveis e parecia impossível de parar. Ela ataca as células nervosas e o sistema nervoso central, causando distrofia muscular, paralisia e até morte. A vítima mais famosa de um surto da doença nos EUA em 1921 foi o presidente Franklin Delano Roosevelt, à época um jovem político. A doença espalhou-se rapidamente, deixando suas pernas paralisadas permanentemente.
Quando Salk morreu em 1995, aos 80 anos, seu obituário no New York Times descreveu seu trabalho como o “ponto de virada na batalha contra a pólio” e disse que a “notícia causou sensação pública provavelmente inigualável a qualquer desenvolvimento da saúde nos tempos modernos”.
Salk foi um dos muitos cientistas que competiram para encontrar uma vacina para a poliomielite. Um dos concorrentes de Salk, Albert Sabin, desenvolveu uma vacina oral de vírus vivo que foi considerada segura em 1962 e que logo substituiu a vacina Salk como o mais amplamente usada nos Estados Unidos. Hoje, a vacina Salk voltou a ser a vacina dominante nos Estados Unidos e na Europa Ocidental, embora a vacina oral Sabin seja mais amplamente administrada na África e na Ásia.
A pólio ainda circula nas comunidades mais pobres e marginalizadas do mundo, onde acomete as crianças mais vulneráveis.
Fontes: The New York Times – Clinical Trials begin for Jonas Salk´s Polio Vaccine History.com – Children receive the first polio vaccine