Outro mito do envelhecimento é o suposto desinteresse sexual na terceira idade

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Foto reproduzida do Arquivo Google

Diogo Sponchiato
MSN Notícias

O envelhecimento é marcado por falsos mitos, um deles indica que  diminui o apetite sexual na terceira idade. Bem, pode até ser que a frequência de relações sexuais diminua com a idade, mas parar de fazer sexo pode ser muito mais uma questão de escolha (ou de uma barreira psicológica) do que de biologia. A maior parte das pesquisas nesse campo busca saber como as mudanças físicas típicas do envelhecimento afetam a experiência do sexo.

Como era de se esperar, os resultados desses trabalhos são parecidos: conforme envelhecemos, a probabilidade de desenvolver condições de saúde crônicas aumenta e isso, por sua vez, afeta negativamente a frequência e a qualidade da atividade sexual.

PESO DA IDADE – Mas e as mudanças psicológicas que acompanham o avançar dos anos? Independentemente do estado de saúde, a “sensação” ou “peso” da idade também tem implicações em nossa vida sexual? Um estudo recente, publicado no Journal of Sex Research, sugere que sim.

Nele, os pesquisadores analisaram dados de um questionário respondido por 1.170 adultos com 40 anos ou mais. Os voluntários completaram duas pesquisas com cerca de dez anos de intervalo entre elas. Responderam, nas duas vezes, perguntas sobre a vida sexual, a frequência das relações, quão gratificantes elas eram e quanto tinham de desejo sexual.

Por fim, os participantes foram convidados a relatar sua idade subjetiva, ou seja, com quantos anos se sentiam a maior parte do tempo. Sem muita surpresa, o estudo concluiu que a frequência, a qualidade e o interesse por sexo diminuíram ao longo do período de dez anos — e que as pessoas em um melhor estado de saúde apresentavam vidas sexuais mais ativas e satisfatórias.

RESULTADOS – Mas o que essa investigação descobriu de novo? Notou-se que os indivíduos que se diziam sentir-se mais velhos mostravam menos interesse por sexo ao longo do tempo avaliado, além de menores níveis de satisfação sexual. A importância dessa pesquisa está em apontar para a necessidade de olharmos além da biologia quando o assunto é sexo. Estereótipos negativos e outros fatores psicológicos podem influenciar muito esse lado bom da vida.

As pessoas que se sentem mais jovens, a despeito da idade no RG, tendem a manter a satisfação sexual à medida que envelhecem ou pelo menos experimentam uma mudança nesse quesito muito menos perceptível. Mais uma prova de que o cérebro é o principal órgão sexual. Não importa quantos anos você tem, da adolescência à maturidade a maneira como você se vê e se sente molda muito sua experiência sexual.

SABE-SE POUCO – É curioso, mas ainda conhecemos muito pouco sobre o processo de envelhecimento. A partir do momento que as pessoas vivem mais do que nunca, a ciência vai obtendo novos dados sobre o que é ser realmente velho — e as consequências disso na saúde física e mental. Estamos à caça de respostas. Como os hábitos alimentares de alguém com 40 anos afetará sua vida aos 80? Se retardarmos o desenvolvimento do Alzheimer numa “criança” de 70, o que ela lucrará chegando aos 95?

Em um post futuro voltaremos a falar desse tema tão fascinante para indagar por que envelhecemos, por que existem animais que aparentemente não envelhecem, e se chegaremos um dia aos 300 anos…

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