Torquato sabia das ameaças aos desembargadores do TRF-4, mas não fez relatório

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“Não existe relatório nenhum”, afirma o ministro

Carla Araújo
Estadão

O ministro da Justiça, Torquato Jardim, negou que tenha enviado para a Procuradoria-Geral da República (PGR) um relatório com o que foi levantado sobre as ameaças sofridas pelos desembargadores do Tribunal Regional Federal da 4° Região (TRF-4), que julgará o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no próximo dia 24. “Estou surpreso com essas notícias. Não existe relatório nenhum”, afirmou

Segundo Torquato, ele conversou com o presidente do TRF-4, desembargador Carlos Thompson Flores, na última semana por telefone, para avisar que estaria na próxima sexta-feira em Porto Alegre, dia 19, para assinar o termo de entrega do terreno do presídio de Charqueadas e pretendia na ocasião se reunir com o presidente do TRF para verificar a situação de ameaças. “Eu também comentei isso com o presidente da Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe), Roberto Veloso, mas não falei em relatório”, afirmou Torquato.

SEM PEDIDO OFICIAL – O ministro disse ainda que caso sejam realmente comprovadas as ameaças a juízes, aí sim a Polícia Federal pode ser acionada. “Mas oficialmente não houve esse pedido por isso não há essa decisão”, argumentou.

Torquato disse ainda que a Força Nacional estará em Porto Alegre no dia do julgamento com a missão de preservar e proteger os prédios públicos e a Polícia Rodoviária Federal está “engajada em fiscalizar as rodovias” para evitar tumultos. “A PF atua na precaução. É uma precaução natural, assim como houve em Curitiba”, disse, referindo-se a quando o ex-presidente Lula foi a capital paranaense depor.

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