Caravana de Lula está produzindo entrevistas para campanha eleitoral pela TV

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Lula em Ipatinga (Minas) , com Dilma e PimentelCatia Seabra e Carolina Linhares

Folha

O PT montou um palco, exclusivamente, para a edição mineira da caravana que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva protagonizou no Estado. Em Minas, Lula contou com uma estrutura que avançava, em forma de “I”, na direção do público, permitindo que o ex-presidente evoluísse à semelhança de astros do rock, isolando-se dos demais convidados deixados atrás.

Essa não foi a única alteração em comparação à caravana realizada no Nordeste, em agosto. Em Minas, Lula usou ainda um pequeno palanque móvel, que permitia a presença de algumas pessoas sobre um caminhão. De cima da estrutura, chamava moradores das cidades visitadas para entrevistá-los.

PARA A CAMPANHA – As alterações foram feitas para que Lula pudesse se destacar na produção das imagens da caravana. A partir de uma experiência ocorrida no Nordeste, Lula decidiu agora entrevistar seus admiradores. Nesta segunda-feira (30), um filme com as entrevistas será divulgado nas redes sociais.

Seu teor também poderia ser usado em sua eventual candidatura à Presidência. Por onde passa, Lula entrevista as pessoas – pergunta o que querem para o futuro e pede que deixem uma mensagem a seus pares, sejam estudantes ou agricultores.

No ato em Montes Claros, foi com o pequeno produtor rural chamado Braulino, 71. Questionado pelo petista sobre que país quer deixar aos netos, Braulino respondeu que se liberou do trabalho escravo aos 25 anos e quer terra, educação e saúde.

Afirmou ter dois filhos graduados e 30 cabeças de gado em seus 30 hectares de terra –antes da crise eram cem cabeças. Dirigindo-se a Dilma, disse: “eu acreditava que você era aluna do Lula”.

BANEFICIÁRIOS – A estratégia tem sido trazer beneficiários dos programas dos governos petistas para discursar. Dessa fala, Lula já emenda a intervenção.

Tratando de educação, em Diamantina, Lula interagiu com Maria de Lourdes, tia da estudante Bárbara Emanuella, estudante de escola pública que faz doutorado em Oxford (na Inglaterra), tendo passado antes por Harvard e pela Universidade da Califórnia (nos EUA) pelo programa Ciências sem Fronteiras.

Em Bocaiúva, segunda maior cidade de Minas em produção de mel, o público ouvia Elisabeth de Fátima dos Reis, membro da Cooperativa de Apicultores e Agricultores Familiares do Norte de Minas (Coopemapi). Lula a questionou se não seria bom ter o mel incluído na merenda escolar da cidade. Ela respondeu que era “a maior luta da cooperativa”.

EQUIPE PRECURSORA – Nos oito dias de caravana, Lula contou com uma equipe precursora que averiguava a situação em cada cidade antes de sua chegada.

No ônibus, a caminho do lugar visitado, o ex-presidente recebia informações. Muitas das visitas eram agendadas na véspera, ou mesmo na manhã do mesmo dia, a pedido de políticos e líderes locais. A partir da quantidade de presentes, a organização da caravana decidia se Lula discursaria.

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