Exposição de Toulouse-Lautrec revela o olhar do pintor sobre a sexualidade

No século XIX, o pintor retratou o interior dos bordéis parisienses

 O quadro Moulin de la Galette, do pintor pós-impressionista Toulouse-Lautrec (Foto: Divulgação)
 No apagar das luzes do século XIX, o salão de um dos prostíbulos mais luxuosos de Montparnasse, bairro boêmio de Paris, era mobiliado com sofás de veludo vermelho. O pintor Henri de Toulouse-Lautrec (1864-1901), freguês assíduo, carregou nas tintas vermelhas ao retratá-lo em quadros como O divã.
A cor e os retratos de prostitutas, cabarés e da alegre vida noturna parisiense guiam a exposição Toulouse-Lautrec em vermelho (em cartaz no MASP até 1º de outubro), que apresenta 75 obras do pintor pós-impressionista, além de dezenas de cartas e documentos pessoais e fotografias da boemia de Montparnasse. “O vermelho alude à cor dos salões fechados, dos bordéis parisienses que ele frequentava”, afirma o curador Luciano Migliaccio. “O vermelho é usado, na tradição da pintura, como a cor dos heróis, dos santos, do sacrifício, do luxo. E Toulouse-Lautrec o usa de uma forma quase irônica, frequentemente, por personagens que são quase os novos heróis da vida moderna, que de heroico tem muito pouco”.
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