Numa decisão polêmica, o ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal, livrou Lula de cair mais uma vez nas mãos do juiz federal Sérgio Moro. Determinou o envio para Justiça Federal de Brasília de inquérito pedido pela Procuradoria-Geral da República sobre possível tentativa de influenciar lideranças do Senado para esvaziar a Lava-Jato. Antes, Teori havia remetido para a primeira instância de Brasília outra acusação de que Lula teria agido com o ex-senador Delcídio do amaral para bloquear as investigações da Lava-Jato.

A suspeita se baseia na delação do ex-senador Delcídio do Amaral, que revelou ter se reunido com o ex-presidente e os senadores Renan Calheiros (PMDB-AL) e Romero Jucá (PMDB-RR) no Instituto Lula, em São Paulo, em meados de 2015.

Nesse encontro, Lula “tentou persuadir os congressistas, que estão entre as mais ascendentes lideranças senatoriais, a criar, no Senado Federal, comissão de acompanhamento da Operação Lava-Jato, com a finalidade explícita de miná-la”.

A ordem de Teori surpreendeu procurador do Ministério Público Federal, que queriam que o caso fosse repassado a Moro. Apesar de se tratar de um suposto complô armado contra a Lava-Jato, Teori Zavascki entendeu que o assédio de Lula aos parlamentares teria se “consumado no âmbito do Senado Federal, em Brasília”.

COMENTÁRIO – Entenderam? Lula teria armado um complô contra a Lava-Jato, mas isso não tem nada a ver com a Lava-Jato, não é?!