A pretensão de ser um partido ‘ético’ reivindicada pelo Partido Comunista do Brasil (PCdoB) não existe mais, definitivamente caiu por terra.
O mentor de um ardiloso esquema de recebimento de propinas do programa ‘Minha Casa Minha Vida’, foi o ex-ministro Aldo Rebelo, segundo a fortíssima delação do ex-deputado Pedro Corrêa.
A voracidade comunista por propina, de acordo com o delator, começou durante o segundo mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
No quinhão do PCdoB no governo ficou a estratégica Diretoria de Produção Habitacional do Ministério das Cidades. Para ocupar o cargo, o partido escolheu o militante Daniel Nolasco, apadrinhado de Rebelo.
Nolasco se encarregava de cobrar propinas das empreiteiras que iriam construir as moradias populares.
Ainda segundo o delator, a taxa praticada no esquema de corrupção girava em torno de 10% a 30% do valor de cada casa construída.
A empresa RCA Assessoria, cujo proprietário é o próprio Daniel Nolasco, era a encarregada de receber a propina, como forma de prestação de serviços às empreiteiras.
O ex-deputado garante que o esquema operou cobrando propinas na construção de pelo menos 100 000 casas populares.
A delação de Pedro Corrêa já foi concluída e aguarda homologação do ministro Teori Zavascki.
Especificamente sobre o ex-ministro Aldo Rebelo, o conteúdo da delação revela que ele embolsava um terço de toda a propina arrecadada pelo esquema corrupto ao PCdoB.
O envolvimento direto de Rebelo, faz com que as maiores lideranças comunistas no país estejam envolvidas em denúncias de corrupção, pois na semana passada, o delator Sérgio Machado revelou o pagamento de propinas milionárias à deputada Jandira Feghali. E a senadora Vanessa Grazziotin corre o risco de ser cassada por um esquema de corrupção e compra de votos, conforme já revelado.