TURBULÊNCIA: ADEMAR RIGUEIRA REVELA MEDO DE QUE DELAÇÃO ATINJA OUTROS MEMBROS DA ORCRIM

Jornal do Commercio, 21/07/2016
O advogado Ademar Rigueira, que patrocina as defesas de Eduardo Leite, vulgo “Ventola” e Apolo Santana, que, segundo a Polícia Federal, no Inquérito nº 163/2016, comandariam a organização criminosa responsável por lavar R$ 600 milhões de recursos ilícitos, desviados de obras públicas para campanhas do PSB e de seus aliados e que estão presos no COTEL, juntamente com João Carlos Lyrae Arthur Rosal, em decorrência da Operação Turbulência, desencadeada a partir das suspeitas de que o jatinho, cuja queda vitimou o ex-governador Eduardo Campos, fora adquirida com dinheiro de propinae Caixa 2 (LEIA AQUI), fez declarações bastante comprometedoras contra seus clientes, na edição de hoje, do Jornal do Commercio.
Segundo Ademar Rigueira, a manutenção de seus clientes no COTEL, por determinação do TRF da 5ª Região, referendando decisão da Juíza da 4ª Vara Federal em Pernambuco, teria por finalidade “forçá-los a entrar em acordo de delação premiada”. Na edição do JC, lê-se a seguinte declaração do criminalista, onde, repetindo prática corriqueira de advogados de corruptos do colarinho branco, faz críticas ao Juiz Sérgio Moro: “Eu não tenho como afirmar que, neste caso específico, a justiça quer forçar uma delação premiada do meu cliente. É sabido que tem sido uma prática recorrente da Operação Lava Jato, o próprio Sergio Moro admite isso abertamente. É lógico que, como se tem uma prisão como esta, se pressupõe isso.”
Ademar Rigueira também advoga para a família de Eduardo Campos e para vários políticos do PSB, inclusive para o sócio do espólio de Eduardo Campos, o ex-presidente da Copergás, Aldo Guedes, que é investigado, juntamente com o senador Fernando Bezerra Coelho, no Inquérito nº 4005/2015-STF, por envolvimento no pagamento de propina pela empreiteira Camargo Correia, do valor de R$ 20 milhões, para a campanha de Campos, ao governo do Estado de Pernambuco, em 2010, por intermédio de contratos fantasmas, com a Master Construtora

 

ACESSE A ÍNTEGRA DA DELAÇÃO CONTRA ALDO GUEDES AQUI
Mas o que chama nossa atenção nas declarações de Rigueira? Ora, como é que um advogado pode insinuar que as autoridades judiciárias estariam mantendo seus clientes presos com o único intuito de forçá-los a assinarem acordo de delação premiada se esse advogado não estivesse com essa insinuação reconhecendo culpa nos próprios clientes? Qualquer acadêmico de Direito bem sabe que as delações só podem ser homologadas se o delator fornecer além do relato, elementos probatórios que confirmem o que está relatando de seus comparsas. De nada adianta manter alguém preso para que fale coisas improváveis. Portanto, as declarações de Regueira depõem não contra a justiça que, diante de provas contundentes da existência e atuação de uma organização criminosa montada por seus clientes para cometer crimes contra o povo, não só de Pernambuco, mas do Brasil, crimes gravíssimos, como bem acentuado pelo juízo de primeira instância e reforçado pelo Tribunal, decidiu, de maneira fundamentada mantê-los presos preventivamente, mas contra seus próprios clientes, pois só confirma o medo de Regueira de que venham a confessar os crimes que de de fato cometeram e mais, que venham a delatar seus comparsas, pois, Ademar Regueira ainda deixa no ar que a organização criminosa não está toda presa, mas protegida pelos cúmplices detidos no COTEL, que, acaso liberados poderiam entregá-los.
A Polícia Federal, o Ministério Público e o Poder Judiciário e, acima de tudo, a população não podem deixar passar em branco essas declarações do advogado dos “laranjas” do jatinho, Sr. Ademar Rigueira, pois deixa claro que há membros da organização criminosa que ainda andam por aí livres para cometer crimes e, quiçá, para intimidar testemunhas e agentes públicos. Nós não vamos desistir de ver todos os integrantes dessa quadrilha presos e punidos. Doa a quem doer.
fonte:blogdanoéliabrito

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