Dilson enfrenta unidade das oposições em Moreno

Por Rebeca Silva

Repórter do Blog do Magno Martins

Enquanto as oposições se movimentam e já se fala em unidade, o prefeito de Moreno, Adilson Gomes Filho (PSB), está confinado em seu gabinete, sem estratégia para garantir a reeleição. Procurado pela reportagem, ele se recusou a falar sobre a disputa eleitoral. A postura dele se explica pela onda de rejeição que a administração enfrenta no município. Pesquisas internas encomendadas pelo Palácio do Campos das Princesas apontaram altos índices de desaprovação do governo, o que deverá dificultar sua recondução ao cargo. Dizem as más línguas que, se as eleições fossem hoje, o pré-candidato Vavá Rufino (PTB) já poderia reservar a beca da posse.

Rompido com o vice-prefeito Sanclair Bastos (PS), que também se coloca como pré-candidato ao Executivo, Adilson, conhecimento como Dilsinho, terá até as convenções partidárias, cujo período vai de 20 de junho até 5 de agosto, para pensar em um plano B. Até lá, o prefeito buscará, a oito meses do pleito, mostrar trabalho, inaugurando obras, na tentativa de amenizar a rejeição.

Em vantagem pela falta de estratégia de reeleição do prefeito e pela baixa aprovação dele, a oposição se articula para lançar uma única candidatura e evitar o fracionamento dos votos, o que beneficiaria o socialista. Embora haja outros nomes colocados para a disputa, Vavá Rufino afirmou que lideranças da cidade já se reuniram para entrar em um consenso e fechar uma coligação única. “Existem alguns pré-candidatos, mas como política tem um cenário hoje e outro amanhã, é possível que haja um entendimento. Defendo que todos se unam em torno de uma alternativa para não só conquistar Moreno para os morenenses, mas, sobretudo, para fazer um governo de ruptura”, disse o petebista, que já foi prefeito do município.

Em 2012, Dilsinho foi eleito com 21.354 votos, isto é, 88,12% dos votos. Na época, Vavá Rufino, até então filiado ao PSDB, tentou entrar na disputa, mas teve sua candidatura indeferida pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE) porque a cúpula tucana decidiu apoiar a candidatura do socialista. A dobradinha havia sido fechada entre o ex-governador Eduardo Campos e o ex-deputado federal, Sérgio Guerra, ambos falecidos em 2014.

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