Contrato entre ex-escritório de ministro do STF com o governo é, no mínimo, absolutamente imoral

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Um ministro do STF não pode e nem deve ter qualquer tipo de ligação com o governo federal, principalmente quando este liame envolve numerário de grande monta.
O escritório jurídico da qual o ministro Luis Roberto Barroso era associado antes da posse no STF, que inclusive levava o seu nome – Luis Roberto Barroso advogados associados – dias antes da posse do ministro, quando o nome deste ainda constava como sócio do escritório junto à Receita Federal, abocanhou um contrato de dois milhões de reais com a Eletronorte.
Eletronorte é uma empresa do setor elétrico, com sede em Brasília, subsidiária da Eletrobrás e vinculada ao Ministério das Minas e Energia.
Na época, o caso foi abafado, após a alegação de que o ministro recém empossado, não fazia mais parte da sociedade, que inclusive já teria outra denominação: Barroso Fontelles, Barcellos, Mendonça & Associados.
Eis que no apagar das luzes do ano de 2015, alguns dias após uma polêmica decisão de Luiz Robero Barroso sobre o impeachment da presidente Dilma Roussef, o tal contrato, entre o escritório Barroso Fontelles, Barcellos, Mendonça & Associados, com a Eletronorte foi renovado.
O detalhe sórdido é que o novo sócio do escritório, que entrou no lugar do ministro, trata-se de Rafael Barroso Fontelles, sobrinho do ministro Luis Roberto Barroso e atual administrador do escritório.
Não há dúvida que tudo deve ter sido feito dentro de todos os critérios de legalidade, porém, também não há dúvidas de que a transação entre a Eletronorte e o ex-escritório do ministro, ora substituído por seu dileto e querido sobrinho, é absolutamente imoral.

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