Jânio de Freitas – Folha de S.Paulo
A propósito do artigo “Modos de polícia” (23.7), o ministro da Justiça, José Eduardo Cardoso, informa que abriu sindicância tão logo recebeu representação da OAB sobre o impedimento à advogada Dora Cavalcanti, feito pela Polícia Federal, de acompanhar inquirição a cliente seu. Já a PF afirma que Adarico Negromonte Filho não foi algemado, apesar de mostrado nas imagens com os braços e agarrado por um policial.
A PF faz, também, farta menção ao dedo de um policial sobre o lado do gatilho do fuzil, quando Marcelo Odebrecht é levado de sua casa. Mas o fuzil, e não o dedo “sobre” o gatilho (não escrevi “no”), foi o absurdo aqui apontado. Fuzil é arma de combate, arma de guerra. Para buscar em sua casa um empresário? Nas frequentes circunstâncias assim, o fuzil da PF é a forma da prepotência descabida.