O artigo foi publicado no site de Marina, que se prepara este ano para finalizar a criação de seu partido, a Rede Sustentabilidade. “Os indícios preocupantes que já anunciavam um segundo mandato da presidente Dilma ainda mais divorciado das necessidades reais do Brasil e do povo brasileiro, infelizmente, já estão se confirmando”, diz a ex-senadora no início do texto. “O discurso de posse, a escolha de alguns ministros, as primeiras medidas tomadas ou anunciadas, tudo transmite contradição, ausência de sentido e a noção de um grande equívoco”, conclui. Para Marina, Dilma decepcionou os que esperavam “um programa de governo” ou “diretrizes claras para a solução dos problemas mais evidentes” do país. Segundo a ex-senadora, os que apostaram na petista se depararam “com uma retórica vazia, destinada a isentar-se das responsabilidades e lançar uma cortina de fumaça sobre o passado e a origem dos problemas atuais do país. Dele ficou longe a marca da estadista. (…) [Dilma] contentou-se em repetir a retórica marqueteira que a ninguém inspira segurança”. “Nenhuma palavra sobre índios ou quilombolas, nada de reforma agrária. Quando se refere a meio ambiente, usa como exemplo de sucesso de seu governo os resultados de planos feitos e implementados em gestões anteriores”, diz Marina. A ex-senadora afirma ainda que a “‘pátria educadora’ da presidente Dilma está longe de educar pelo exemplo: os pedaços do Estado, mais uma vez, foram repartidos entre os aliados, em muito casos em prejuízo do país”. “Deseduca também pela incoerência entre o que se diz para ganhar a eleição e o que se faz na hora de governar”, diz a adversária da petista. “Nós, brasileiros, sempre guardamos, no fundo de nossas almas, ao menos o resquício de uma crença no futuro. O segundo mandato da presidente Dilma se inicia gastando o terceiro “volume morto” de nossa reserva de esperança”, diz Marina ao final do texto. |