Avião da AirAsia com 162 passageiros a bordo some entre Indonésia e Cingapura

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Um Airbus A320-200 da companhia AirAsia sumiu do radar na noite de sábado (27) enquanto fazia a rota entre Surabaya (Indonésia) e Cingapura, informaram as autoridades locais. Estavam a bordo 162 pessoas.

A companhia aérea informou que a aeronave transportava 155 passageiros — sendo 16 crianças e um bebê — e sete tripulantes — dois pilotos, quatro comissários e um engenheiro. Ainda segundo a AirAsia, 149 são indonésias, três sul-coreanas, uma do Reino Unido (sem especificar o país), uma malaia e uma de Cingapura.

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No painel do Aeroporto de Changi, em Cingapura , o status do voo QZ-8501 é “Vá ao balcão de informações”

O voo, de número QZ8501, decolou de Surabaia às 5h35 locais, com previsão de aterrissar em Cingapura às 8h30. De acordo com o Ministério de Transporte indonésio, poucos minutos depois da decolagem, os pilotos pediram para mudar a rota do voo para evitar o mau tempo na região do sudoeste da ilha de Bornéu; em seguida, com 42 minutos de voo, perderam o contato com as torres de controle.

“Não podemos confirmar o que aconteceu, exceto pelo fato de que o avião perdeu o contato com as torres de comando”, disse o diretor-geral de transportes da AirAsia. Segundo um comunicado da direção de aviação civil de Cingapura, o contato foi perdido no espaço aéreo indonésio “200 milhas náuticas [aproximadamente 350 quilômetros] a sudeste da fronteira entre as regiões de informação de voo de Jacarta e Cingapura”

O último contato com o controle de tráfego teria sido às 6h13 do horário local. A força aérea da Indonésia fazia buscas neste domingo (28), que foram posteriormente suspensas devido à escuridão. A operação deve prosseguir às 6 horas (horário local) desta segunda-feira (29). Para as buscas, foram destacados um Boeing das Forças Armadas, três helicópteros e seis barcos, além de um Hércules C130 de Cingapura.

Atá o momento, não foi encontrado qualquer vestígio que possa esclarecer o que aconteceu com a aeronave, segundo as autoridades. Enquanto isso, a AirAsia presta atendimento aos familiares e atualiza as informações em suas redes sociais — inclusive, mudou o logo e trocou a característica cor vermelha pelo cinza.

O A320 é da família da Airbus, que hoje tem mais de 6 mil aeronaves em operação. A Airbus deu uma declaração em que afirmou que o avião desaparecido. A empresa disse ainda que prestará assistência às causas do desaparecimento.

A AirAsia foi construída a partir de dois aviões em 2001 para se transformar em uma gigante do setor aéreo que opera mais de 180 aeronaves em pouco mais de uma década. Hoje, 49% da AirAsia pertencem à AirAsia Bhd, baseada na Malásia, com investidores locais detendo o restante. O sonho para a companhia e seu chefe, Tony Fernandes, se transformou em pesadelo com este evento. “Este é o meu pior pesadelo. Mas não há como parar”, escreveu Fernandes em sua conta no Twitter.”Eu, como seu presidente-executivo, estarei lá durante todo esse período difícil. Vamos atravessar essa terrível provação juntos.”

“Tony Fernandes e AirAsia são tidos em alta conta na indústria de aviação. A companhia aérea é muito bem-sucedida e tinha um excelente histórico de segurança”, disse John Strickland, diretor da JLS Consulting, baseada em Londres, à Reuters. O grupo AirAsia teve um registro de segurança praticamente imaculado até este domingo, em comparação com concorrentes como Malaysia Airlines e as indonésias Lion Air e Garuda Indonesia, que perderam vários aviões em acidentes ao longo da última década.

com informações de agencias

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