Cobus de Swardt, da Transparência Internacional, diz que País
tem a oportunidade de modificar a forma como faz negócios
Foto: Reprodução “Estou muito feliz de estar no Brasil neste momento histórico, por conta do que está sendo feito em relação à corrupção. É um período difícil, de escândalos, como o da Petrobras, mas é também uma oportunidade de mudar a forma como se faz negócios no Brasil”, disse Swardt em evento em São Paulo nesta quinta-feira. “Isso não diz respeito à Petrobras, diz respeito ao modo como se faz negócio no Brasil”, continuou. De acordo com Swardt, o maior problema é que, ao desviar recursos que seriam investidos na melhoria de serviços públicos, a corrupção acaba atingindo principalmente os mais pobres. “Não podemos desviar dinheiro público. Os pobres são os que mais sofrem com a corrupção, inclusive no meu País”, disse ele, que é da África do Sul. Para Swardt, é imprescindível que o País dê uma resposta rápida sobre a investigação e a punição dos envolvidos – caso contrário, as empresas brasileiras podem ter dificuldade em fechar negócios. Além disso, a população também espera resultados efetivos. “As pessoas podem ficar impacientes e se voltar contra o governo. Pode ser uma coisa difícil de reverter depois.” Questionado se concordava com as declarações do governo brasileiro de que nunca se investigou – e prendeu – tanto por corrupção no País, Cobus de Swardt respondeu que a tecnologia disponível hoje auxilia muito no combate às fraudes. (Do Portal Folha) |