Marina pede a Dilma ‘sinais de mudança na economia’

 Terceira colocada na disputa pelo Palácio do Planalto, Marina Silva (PSB) fez sua primeira análise sobre o resultado das eleições presidenciais em um vídeo ao qual a Folhateve acesso nesta terça-feira (28) e que será divulgado em todos os perfis da ex-senadora nas redes sociais.

É nele que Marina diz que o Brasil “está dividido” e que a presidente Dilma Rousseff (PT), reeleita no domingo (26), “precisa dar sinais de mudanças na economia para superar uma crise que ameaça se agravar”.

“O governo que se reelege não conta com prazos longos. Desde já, precisa dar sinais de mudanças na economia para superar uma crise que ameaça se agravar com a estagnação e a volta da inflação”, diz. “Precisa dar também sinais de mudança na condução da política que, com ou sem reforma, precisa abandonar a prática de distribuir pedaços do Estado e privatizá-lo em nome de uma suposta governabilidade”, completa a pessebista.

A ex-senadora afirma que, “agora que a eleição passou, certamente a presidente Dilma irá adoar em seu governo medidas que atacou durante a campanha”. Marina, porém, não detalha quais seriam essas medidas.

Para os próximos quatro anos de governo do PT, partido ao qual foi filiada por 24 anos, a ex-senadora defende o combate à corrupção, a melhoria na qualidade dos serviços públicos e a bandeira da sustentabilidade.

DESCONSTRUÇÃO

Marina afirma no vídeo que o processo eleitoral, que classifica como “duro e difícil”, foi marcado pelo discurso da “descontrução” e “intolerância”. Ela foi vítima de uma campanha de ataques do PT que tinha como objetivo mostrar o que os petistas chamavam de “incoerência” da ex-senadora.

Marina, com o rosto sério, cumprimentou a presidente pela reeleição e desejou que seu governo “atenda às necessidades da sociedade brasileira”. Para ela, as mudanças devem sair do discurso e ir para a prática “nos processos, nas escolhas e nas atitudes”.

Quando falou do tucano Aécio Neves, a quem declarou apoio no segundo turno, Marina sorriu e disse esperar que seu trabalho “seja orientado pelos sonhos contidos na expressiva votação que recebeu”.

A ex-senadora finaliza com a frase que marcou sua campanha. “A luta continua. Não vamos desistir do Brasil”.   (Da Folha de S.Paulo)

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