Após mais de um ano de processos, ABI começa a escolher nova diretoria

Envolta em processos e troca de acusações, a Associação Brasileira de Imprensa (ABI) realiza suas eleições nesta quinta (25/09) e sexta-feira (26/09) para escolher a nova diretoria, conselhos fiscal, consultivo e dois terços do deliberativo (efetivos e suplentes). As chapas Vladimir Herzog, encabeçada por Domingos Meirelles, e a Prudente de Morais, encabeçada por Fichel Davit Chargel, tiveram seus pedidos homologados pela Comissão Eleitoral da instituição.

Crédito:Divulgação
Votações serão realizadas na sede da entidade no Rio e em cinco representações espalhadas pelo país
As votações serão realizadas na sede da entidade e nas suas cinco representações espalhadas pelo país. Todos os associados poderão participar, mesmo aqueles que não se encontram em dia com suas mensalidades. Eles estão automaticamente anistiados e devem acertar apenas o pagamento da mensalidade de setembro no local onde irá votar.
Caso seja eleita, a chapa Vladimir Herzog promete implementar o voto eletrônico nos próximos pleitos. A intenção é que todo associado possa votar em qualquer parte do Brasil. No entanto, a novidade, cujo objetivo é corrigir a distorção que hoje limita ao espectro regional o foro de decisões da instituição, acabou tendo de ser adiada por causa da ação movida por representantes da chapa Prudente de Morais, que postularam a realização das eleições apenas no Rio de Janeiro.
Será aberta aos associados a possibilidade de votarem em seis estados. Além da sede da ABI na capital fluminense, localizada na Rua Araújo Porto Alegre, 71 (Centro do Rio), a votação ocorrerá nos seguintes endereços:
São Paulo (SP)
Rua Martinico Prado, 26, grupo 31 (bairro Santa Cecília)
Belo Horizonte (MG)
Rua Bahia, 1450 (Centro)
Maceió (AL)
Rua Sargento Jaime Pantaleão, 370
Brasília (DF)
SCLRN 704, Bloco F, loja 20 (Asa Norte)
São Luís (MA)
Rua Assis Chateaubriand, s/nº (Renascença II)
Judicialização do pleito
A crise eleitoral na ABI teve início em abril de 2013, quando a chapa Vladimir Herzog alegou que era vetada pelo estatuto da instituição a participação de associados inadimplentes na eleição, pois um dos integrantes da Prudente de Morais estaria com mensalidades atrasadas. Com isso, o então presidente Maurício Azêdo pagou em 11 de março, com cheque próprio, a dívida de 17 dos 51 integrantes de sua chapa.
O grupo adversário tentou fazer o mesmo com seus inadimplentes. A atual direção, porém, argumentou que já havia expirado o prazo para a inscrição. A chapa Herzog reclamou que não foi informada sobre a data-limite para o registro e que a cobrança de dívidas deveria ser individual, por meio de boleto bancário, diferente do ocorrido com a chapa de Azêdo.
Depois da morte de Azêdo em outubro de 2013, o cargo foi ocupado pelo conselheiro Fichel Davit Chargel por pouco mais de três meses. Em fevereiro de 2014, o recurso da ABI, impetrado ainda no tempo de Azêdo, foi derrubado e a juíza da 8ª Vara determinou o afastamento da diretoria eleita em 2013 e determinou o retorno da chapa Vladimir Herzog ao comando da entidade.
Finanças combalidas
A instituição também passa por uma crise financeira, que culminou com a penhora de duas lojas e dos 2º, 11º e 13º andares do prédio, no Centro do Rio, devido uma dívida de R$ 3,238 milhões de contribuição previdenciária, segundo matéria publicada em 2013 pelo jornal Folha de S.Paulo. À época, Azêdo garantiu que os advogados da ABI provaram que os valores estavam incorretos e baixaram a dívida para R$ 1,606 milhão e que os bens penhorados estariam muito acima do valor da dívida.

 

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