Dilma volta a bater pesado em Marina

Foto: Sérgio Seiffert/TV Globo

Foto: Sérgio Seiffert/TV Globo

Em debate promovido pela TV Globo e exibido na manhã desta segunda-feira (22) no telejornal “Bom dia, Brasil”, a presidente e candidata à reeleição pelo PT, Dilma Rousseff (PT), voltou a bater pesado contra a campanha e propostas de sua principal adversária na disputa deste ano, Marina Silva (PSB/Rede). “Tudo o que eu falo está no programa de governo da candidata… E sou eu que estou pondo medo?”, questionou a presidente.

A entrevista foi concedida aos jornalistas Chico Pinheiro, Ana Paula Araújo e à comentarista de economia da emissora, Mirian Leitão. Em determinado momento, Dilma foi perguntada sobre a campanha da coligação “Com a Força do Povo”, encabeçada pelo PT e que a tem como candidata à reeleição. Os jornalistas citaram um posicionamento tomado pelo Procurador Geral Eleitoral, Rodrigo Janot, que defendeu a suspensão da campanha de Dilma no que se refere aos ataques à Marina.

Em parecer encaminhado ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) no último dia 16 de setembro, Janot considera irregulares as peças da campanha destinadas a questionar as propostas de Marina para o Banco Central, pois cria “artificialmente na opinião pública, estados mentais, emocionais ou passionais”, o que é proibido pelo Código Eleitoral.

“Tudo o que eu falo está no programa de governo da candidata. E isto é algo que ainda será julgado pelo TSE”, afirmou Dilma que tentou explicar, do seu ponto de vista, as proposta da socialista: “Banco Central independente é colocar um quarto poder no Governo. A Praça dos Três Poderes será a dos quatro poderes. Do meu ponto de vista, eu quero meu direito de resposta”, protestou a presidente.

Mirian Leitão contrapôs as afirmações de Dilma exibindo exemplos de países da Europa e mesmo da América do Sul onde os Bancos Centrais passaram a ser independentes e disse que o discurso do PT, ao falar que a medida empobrecerá ainda mais os pobres, “não faz sentido”. A candidata usou a mesma estatégia de Mirian e passou a listar exemplos onde a medida não dá certo.

Dilma ainda questionou como um possível governo de Marina manterá a infraestrutura para programas como “Minha casa, minha vida” e investimentos no setor de trasportes com os bancos públicos tendo “o poder reduzido”, segundo suas palavras. “Ela (Marina) tem um alinhamento claro de apoio aos bancos e sou eu que estou pondo medo?”, disse Dilma.

 

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