PTB e PSB exercitam o que há de mais improdutivo no fim de uma relação : priorizar a desforra

O comentário da coluna Diario Político desta terça-feira (15) refere-se às sequelas do fim da relação entre PSB e PTB, hoje em campos opostos em Pernambuco.

Se hoje os socialistas acusam Armando Monteiro de ser “patrão”, receberam festivamente com o apoio dele em 2006 e 2010 para eleger Eduardo Campos.

E se Armando classifica Paulo Câmara de “apadrinhado”, é bom lembrar que em 2012, o seu PTB reforçou o palanque de Geraldo Julio na campanha pela Prefeitura do Recife.

Assim como Câmara, Geraldo é “invenção” e afilhado de Campos. Então…  É difícil  apagar o passado, quando todo mundo sabe o que eles fizeram no verão passado.

Bom, vamos ao comentário:

Desforra x propostas

DP

Sabe aquele casal que depois de anos de comunhão se separa e expõe suas diferenças publicamente?

É mais ou menos esse contexto que se desenha na campanha pelo governo de Pernambuco entre as candidaturas de Paulo Câmara (PSB), da Frente Popular, e de Armando Monteiro (PTB), da coligação Pernambuco Vai Mais Longe.

Oponentes após sete anos de aliança, eles (e seus respectivos correligionários) estabelecem um embate em que críticas de ordem pessoal são priorizadas.

Tudo o que eventualmente poderia incomodar, mas era assimilado por conta dos interesses do “casamento”, vira defeito e é exposto na vitrine da corrida eleitoral.

Dentro desse padrão de conduta, já vimos o confronto “patrão versus apadrinhado” e agora nos deparamos com a “brincadeira de filho de rico” rebatida com argumentos que mesclam “subordinação” e “obediência cega”.

...

Ao mesmo tempo, as acusações de uso de máquina destinadas a Câmara são respondidas com a lembrança do envolvimento do PTB no escândalo dos shows fantasmas em 2009, quando o partido ocupava a secretaria estadual de Turismo.

Quer dizer, temas que se mantiveram submersos nas águas da conveniência começam a vir à tona banhados em mágoa.

Os dois grupos, como se vê, agem como indivíduos que, aproveitando o fato de ter gozado da confiança do ex-consorte, selecionam “podres” para jogar no ventilador da disputa.

Com esse ressentimento todo alimentando o jogo do poder, discursos fundamentados em propostas acabam apenas coadjuvando nesse script escrito com a pena da desforra.

 

fonte:pernambuco.com

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