A Copa do Mundo para Pernambuco chegou ao fim e o valor da principal obra que o Governo do Estado realizou para o evento continua sendo uma incógnita. No balanço geral do torneio realizado na manhã desta quarta-feira, pela Secretaria Extraordinária da Copa (Secopa), o secretário da pasta, Ricardo Leitão, afirmou que ainda aguarda a finalização do estudo que calcula em quanto o valor da obra da Arena Pernambuco precisou ser aumentado desde o anuncio inicial, em maio de 2009, quando o valor era estimado em R$ 532 milhões.

A Arena Pernambuco, que tinha programação para ser entregue em dezembro de 2013 – visando somente a Copa do Mundo deste ano – acabou sendo a concluída em maio, já que o estado acabou sendo escolhido para sediar a Copa das Confederações. “Recentemente, abriu-se uma discussão entre o Governo e o parceiro (a construtora do estádio) que argumenta que teve que fazer um investimento adicional com operários e outros pontos em decorrência da exigência da antecipação da obra em oito meses”, justificou Leitão

Passando pelo reajuste nos três anos de obra através do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (IPCA) e do plano de aceleração que antecipou o empreendimento em oito meses, estima-se uma soma cuja “ordem de grandeza” já seria superior a R$ 650 milhões – ou seja, um valor 20% acima do inicial. O número exato, todavia, nem mesmo o Governo sabe responder.

“Os valores estão sendo analisados para chegarmos a esse valor. Mas enquanto ele não for oficialmente alcançado não poderemos divulgá-lo. Nem sequer qualquer estimativa disso está em analise. O que se tem em mãos é o valor histórico (R$ 532 mi)”, disse o secretário Ricardo Leitão, que precisou responder aos questionamentos novamente nesta quarta-feira.