Aécio quer Joaquim Barbosa como seu vice na disputa presidencial

Divulgação/Ascom/Governo de MG

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No mesmo dia que o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e os governadores de São Paulo, Geraldo Alckmin, e de Minas Gerais, Antonio Anastasia, voltaram a lançar Aécio Neves (MG), como “alternativa” para a Presidência da República, surge a informação de que o senador mineiro quer Joaquim Barbosa na chapa presidencial.

Segundo publicou o iG, a afinidade entre o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) e o presidenciável tucano pode resultar em uma relação bem maior do que uma simples amizade entre os dois.

Conforme interlocutores de ambos, Aécio sonha em “contar com a colaboração de Barbosa” quer seja como ministro em eventual governo tucano ou mesmo candidato a vice-presidente na disputa do PSDB ao comando do Planalto.

Vale destacar que hoje Barbosa é persona non grata do mais alto nível para o PT. Mineiro como Aécio, o ministro, segundo petistas, agiu e age com imparcialidade no caso do mensalão.

Como juiz, presidente do STF tem até abril para se desincompatibilizar do Supremo e disputar as eleições de 2014.

site do PSDB

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Fontes do Supremo próximas ao presidente da Corte confirmam que existe uma tentativa de aproximação política entre Aécio e Barbosa.

O tucanato, oficialmente, nega qualquer tentativa de aproximação ou namoro entre os dois para levar o nome de Barbosa a uma candidatura a vice de Aécio.

Mas nos últimos dois meses, conforme os próprios tucanos, os encontros entre Aécio e Barbosa têm sido cada vez mais frequentes em jantares e eventos sociais em Brasília.

Do outro lado, algumas fontes tucanas admitem em caráter reservado que um dos poucos nomes já vislumbrados em um eventual governo tucano é o de Barbosa, como um possível ministro da Justiça.

O “lançamento” de Aécio se deu no encontro que o PSDB promoveu nesta segunda-feira em Poços de Caldas (MG) para comemorar os 30 anos do Diretas Já e lançamento do movimento “Federação Já”.

Na ocasião, FHC disse que  “temos a ventania de mudanças”. Dirigindo-se a Aécio, deu o recado ao presidenciável: “O momento é seu, assuma o momento, fale por nós, sem medo, sem meias palavras, de forma simples e direta, fale por nós”.

Voltando à Barbosa:

Questionada sobre a aproximação entre o ministro do STF e Aécio para a disputa em 2014, uma fonte do PSDB ligada à campanha presidencial desconversou afirmando que não era “hora de falar de política”.

“É hora de deixar o presidente Joaquim trabalhar com tranquilidade. Mas ele sem dúvida é um nome certo no nosso projeto de governo”, confessou.

Segundo fontes ligadas ao PSDB, uma tentativa de trazer Barbosa para o ninho tucano responderia a dois grandes objetivos do partido. O primeiro é reforçar o discurso tucano pró-moralidade sem necessariamente bater de frente nas polêmicas sobre o julgamento do mensalão do PT. Com o presidente do STF ao lado de Aécio, o PSDB teria condições de passar uma mensagem popular de que pretende limpar de vez a corrupção no País.

Interlocutores do STF admitem que a decisão de Barbosa de expedir os mandados de prisão dos réus do mensalão em pleno feriado da Proclamação da República reforçaria essa imagem.

O segundo objetivo é de ordem prática: surfar na alta popularidade de Barbosa para alavancar a candidatura de Aécio, algo semelhante ao que aconteceu com o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), quando ele conseguiu atrair a ex-senadora Marina Silva para o seu projeto de candidatura presidencial.

O primeiro passo para a aproximação política entre Aécio e Barbosa ocorreu em abril, quando o presidente do STF, mineiro de Paracatu, foi homenageado com a Medalha da Inconfidência, concedida em evento em Ouro Preto, pelo governo de Minas Gerais, que é comandado pelo tucano Antonio Anastasia. Apesar de a homenagem ser distribuída pelo Executivo mineiro, quem comandou a honraria foi Aécio. Na época, o senador tucano negou qualquer conotação política do evento.

Em outubro, Barbosa admitiu pela primeira vez a possibilidade de ser lançado à Presidência da República, mas disse que isso só aconteceria após ele deixar o Supremo. Hoje, o ministro tem 59 anos e já manifestou sua vontade de não ficar na Corte até os 70 anos, data de sua aposentadoria compulsória.

com informações do IG/DPonline

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