Justiça impede demolição do Edifício Caiçara sob pena de multa de R$ 1 milhão

A empresa foi proibida de alterar a estrutura do prédio, que está em processo de tombamento

 / Foto: Edmar Melo/JC Imagem

Foto: Edmar Melo/JC Imagem

A Justiça decidiu atender à ação judicial do promotor Ricardo Coelho, que responsabilizou a Rio Ave Construtora pela demolição ilegal de parte do Edifício Caiçara, em Boa Viagem, Zona Sul do Recife. Com a decisão, a empresa fica proibida de dar continuidade à derrubada sob pena de multa no valor de R$ 1 milhão. A ação foi requerida na última sexta-feira (27), após internautas reprovarem a destruição do prédio, que foi erguido na década de 1930.

No sábado (27), a Rio Ave divulgou uma nota explicando que a demolição era legítima, já que o tombamento não foi realizado. No entanto, o promotor Ricardo Coelho declarou que já havia ordens escritas da Prefeitura do Recife e do Governo do Estado proibindo o ato. “A empresa não poderia realizar a demolição. A nossa luta agora é para reconstruir a parte afetada, mas acredito que essa luta judicial dure pelo menos dois anos”, concluiu o promotor.

O Caiçara passava por um processo de tombamento desde 2011 e estava sob a proteção do Estado. A derrubada do prédio caracteriza crime contra o patrimônio cultural, segundo o Ministério Público de Pernambuco. Cerca de trinta pessoas estiveram neste domingo no protesto, denominado Ocupe Caiçara. Elas pediram que a parte derrubada do imóvel seja reconstruída.“Com certeza é possível reerguer tudo que foi para o chão”, afirmou a arquiteta Nani Azevedo durante o movimento. “Foi derrubada a metade, então é possível levantar tudo”, disse. Muita gente que passava pela Avenida Boa Viagem parou para acompanhar o protesto.

http://www.slideshare.net/redacaojornaldocommercio/liminar-tjpe

fonte:jconline

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