No Estado de Colorado (EUA), uma criança transgênero de seis anos foi proibida pela escola de usar o banheiro feminino. Os pais estão acionando legalmente a escola pela proibição, as informações são do jornal Denver Post.
Coy Mathis, 6, nasceu menino mas se identifica como menina. Ela começou a frequentar a escola em dezembro de 2011, mas foi tirada após o problema, quando os pais Kathryn e Jeremy Mathis optaram pela educação doméstica.
Coy usa roupas femininas e seus colegas e professores costumavam se referir a ela por pronomes femininos. No entanto, os administradores da unidade decidiram, em dezembro, que a criança deveria usar o banheiro dos meninos, o banheiro dos funcionários ou o da enfermaria.
De acordo com a administração da escola, a decisão foi tomada “não apenas por Coy, mas pelos outros estudantes, seus pais” e o futuro impacto possível de um garoto usar o banheiro de meninas quando for mais velho.
Para os pais, a decisão da escola estigmatiza sua filha. “Isto a conduzirá a um futuro de assédio e intimidação e criará um ambiente inseguro. A escola tem uma excelente oportunidade para ensinar aos alunos que as diferenças são normais, e devemos abraçar suas diferenças, em vez de ensiná-los a discriminar alguém que é um pouco diferente “, disse a mãe ao jornal Denver Post.
Para mudar a sociedade
Ainda segundo o jornal Denver Post, a mãe conta que Coy insiste ser uma menina, e não um menino, desde o momento em que começou a falar.
“É importante para nós falar sobre o assunto, pois muitas pessoas têm tido medo de serem verdadeiras com elas mesmas”, disse Kathryn. “Elas sabem desde crianças quem são, mas têm medo de contar. Queremos ajudar a criar uma sociedade em que é normal ser quem você é.”
Na Suécia
Para reduzir a influência da escola na opção de gênero, na Suécia há uma escola que usa bonecos assexuados contra as diferenças de gênero. Os professores, por exemplo, são instruídos a não usarem “ele” ou “ela” e se dirige aos alunos como “amigos”. Além disso, o material didático é adaptado para que as crianças não tenham contato com estereótipos de gênero.