General Augusto Heleno comparou o desarmamento como forma de evitar mortes como proibir as pessoas de dirigir para evitar acidentes
“A posse de arma, ela se assemelha a de um automóvel. Muita gente argumenta ‘não, mas a posse da arma vai aumentar a criminalidade’, mas os dados são muito polêmicos”, disse.
Heleno comparou o desarmamento como forma de evitar mortes como proibir as pessoas de dirigir para evitar acidentes. “Se nós formos considerar o número de vítimas – e eu não vou dizer o número, que aí se não aparece ‘fake num sei o quê’-, mas se pegar vai ver que está em torno de 50 mil vítimas de acidente de automóvel . Se você for considerar isso, vamos proibir o pessoal de dirigir. Ninguém pode dirigir, ninguém pode sair de casa com o carro, porque alguém está correndo risco de morrer, porque o motorista é irresponsável”, argumentou.
O anúncio de Bolsonaro sobre o decreto que deve flexibilizar a posse de arma foi feito neste sábado (29) em seu perfil do Twitter. Ele citou que vai facilitar o acesso para aqueles que não possuem antecedentes criminais, além de transformar a licença em definitiva.
Atualmente, a posse de arma (ter a arma guardada em casa ou local de trabalho) é liberada a pessoas que comprovarem a necessidade profissional ou ameaça à integridade física. Há ainda grupos específicos como auditores fiscais da Receita Federal, caçadores e desportistas de tiro.
A ideia do presidente eleito vai adiantar um recurso que consta em projeto que tramita na Câmara dos Deputados, o de criar o Certificado de Registro e Licenciamento de Arma de Fogo de caráter permanente, em substituição ao atual Certificado de Registro de Arma de Fogo, que é temporário, com renovação a cada três anos.