Imprensa havia sido barrada da solenidade, mas foi autorizada a cobrir o evento após determinação do presidente do Senado, Eunício Oliveira
Uma questão, no entanto, chamou atenção na celebração: a possibilidade de ausência da imprensa. Isso porque a Diretoria-Geral do Senado (DGS) barrou a entrada de jornalistas na sessão, com exceção de equipes dos veículos oficiais da Câmara e do Senado. O acesso da imprensa foi restrito às galerias – local reservado a visitantes – e ao Salão Verde – por onde passam parlamentares em direção ao plenário.
A proibição pegou de surpresa o meio jornalístico, uma vez que sessões solenes – e mesmo votações de assuntos nevrálgicos, como impeachment e julgamento de denúncias contra presidentes – sempre foram abertos à imprensa credenciada. Logo, o fato de jornalistas serem barrados justamente em uma solenidade em que se celebra um marco do retorno da democracia ao Brasil causa estranhamento.
Em comunicado, a DGS apontou como motivo da determinação a implementação de um “esquema especial de segurança”. A medida foi acatada em resposta a uma solicitação feita pela segurança de Jair Bolsonaro (PSL), uma vez que a solenidade também marca o retorno de Bolsonaro ao Congresso após as eleições.
Porém, diante da repercussão negativa, o presidente do Senado, Eunício Oliveira (MDB-CE), decidiu liberar o acesso da imprensa ao evento. Na cerimônia, Bolsonaro sentou-se ao lado de Eunício, do presidente Michel Temer, do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ) e do ex-presidente José Sarney.
Após a sessão, Bolsonaro participou de um almoço com o ministro Defesa, Joaquim Silva e Luna. Depois, ele se reunirá com os comandantes da Marinha, almirante Eduardo Bacellar Leal Ferreira, e do Exército, general Eduardo Villas Bôas. Antes da sessão, Bolsonaro tomou café da manhã com o comandante da Aeronáutica, o brigadeiro Nivaldo Luiz Rossato.