Aberta em novembro do ano passado, a investigação sobre o concurso do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) foi arquivada nesta quarta-feira (6) pelo Ministério Público do Estado. Segundo a comissão que apurava as denúncias, não foram encontradas provas de fraudes.
O parecer foi entregue essa manhã ao presidente do tribunal, Adalberto de Oliveira Melo. Com o inquérito aberto, a homologação do concurso ainda não foi feita.
De acordo com o Ministério Público, foram recebidas aproximadamente 50 manifestações ao longo da investigação. O órgão afirmou que cerca de 80% eram repetidas.
Foram ouvidos também o Instituto Brasileiro de Formação e Capacitação (IBFC), responsável por organizar o concurso.
A empresa afirmou ao Ministério Público que não havia possibilidade de os avaliadores da prova subjetiva identificarem os candidatos. O órgão concluiu que os corretores não têm acesso diretamente à folha preenchida no dia da prova, e sim a uma cópia digitalizada das redações.
Segundo o MPPE, foram descartadas as suspeitas de influência do grupo alvo da Operação Gabarito, deflagrada na Paraíba.
O delegado à frente da apuração no estado vizinho, Lucas de Sá, da Polícia Civil, também foi ouvido. Dos três únicos candidatos apontados como integrantes da organização inscritos no concurso, um não fez as provas e dois não obtiveram resultado satisfatório.
A investigação foi aberta no dia 20 de novembro, pouco mais de um mês após a realização da provas, após denúncias de irregularidades, como supostos uso de celular em salas, ausência de detector de metais em alguns lugares e insuficiência de fiscais.
O concurso teve 179.548 inscritos, mas disponibilizou, em 15 polos de todo o Estado, 109 vagas, com 60 técnicos de nível médio e 49 para analistas de nível superior. O resultado foi divulgado em dezembro e desde então os aprovados esperam a homologação.