Carlos Cortegoso é conhecido por ter sido “garçom de Lula” ainda em São Bernardo do Campo. Mas faria fortuna com uma empresa que, em tese, prestava serviços ao PT em período eleitoral. Agora, o empresário confessou que recebeu pagamentos pelo caixa 2 do partido.
O pagamento delatado e trazido a público pelo Jornal Hoje cita “apenas” R$ 300 mil de um serviço não prestado à Consist, empresa investigada pela operação Custo Brasil por desvio de dinheiro de empréstimos consignados a endividados e aposentados. Mas Cortegoso prometeu aos investigadores entregar muito mais. Porque era assim que o PT costumava quitar as dívidas.
O empresário ainda reconheceu que a empresa dele tem relação com a Focal, a segunda maior fornecedora da campanha que reelegeu Dilma Rousseff. Com isso, coloca sob suspeita nada menos do que R$ 25 milhões da prestação de contas do trabalho realizado em 2014. Por mais que o fato soe repetitivo, as acusações de caixa 2 anteriores faziam referência à campanha de 2010.