Por Manoel Fernandes Larré
O prefeito de Olinda, Renildo Calheiros (PCdoB), pode ser afastado do cargo ainda neste primeiro semestre de 2015, por descumprimento de princípios básicos de administração pública e ofensa às normas constitucionais do direito à saúde. O Ministério Público de Pernambuco (MPPE), a Procuradoria-Geral da União e o Ministério da Saúde abriram procedimentos para investigar o sumiço da verba destinada à UPA de Rio Doce.
A comunidade quer saber aonde foi parar o dinheiro carimbado da UPA do bairro, que entra no quarto ano e nada da obra ser iniciada. E o pior: sem o prefeito e o órgão gestor, a Secretaria de Saúde do município, apresentarem justificativas e se negarem a se pronunciar sobre o caso. O próprio prefeito sancionou o decreto 344/2011, em 14 de dezembro de 2011, desapropriando um terreno na Rua 10 e o ex-governador Eduardo Campos foi induzido a publicar no Diário Oficial do Estado o decreto 38.151, em 04 de maio de 2012, a Ordem de Serviço para a construção imediata da UPA. O absurdo é que o terreno foi desapropriado duas vezes. Nem no Portal da Transparência do município, com a inserção de todos os dados considerados obrigatórios pela Lei de Acesso à Informação (Lei n.º 12.527/2011) aparece nada.
Aproveitadores – Como o fato do desaparecimento das verbas federal e estadual está sob investigação, já aparecem no bairro e em várias partes de Olinda, vereadores com suas famigeradas faixas apregoando que a UPA de Rio Doce agora sai do papel. Tem vereador colocando no Facebook que, com o governador Paulo Câmara(PSB) agora a coisa vai para a frente e que os moradores podem confiar. Querem jogar a bomba no colo do governador e livrar o prefeito Renildo Calheiros de responder pelo descaso, se tornar réu e ter os seus direitos políticos cassados. Por quê os vereadores olindenses não aprovam a constituição de uma CPI para investigar o sumiço das verbas destinadas à construção da UPA? Será que é por conta do vício da boca torta que não deixa? A reportagem tomou conhecimento da instauração de uma Ação Civil Pública pela Ouvidoria do SUS para apurar as denúncias e adoção de medidas legais objetivando a eficiente prestação jurisdicional, já que os recursos foram repassados à Prefeitura de Olinda. Um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) também está sendo elaborado pelo MPPE para o prefeito assinar e cumpri-lo. Já era tempo. Ou será que vamos deixar que aconteça o mesmo que ocorreu com o Estádio de Futebol de Rio Doce (um saco sem fundo), onde as obras se arrastam há mais de 14 anos e o seu custo já ultrapassa a casa dos R$ 10 milhões.
Renildo assinou Ordem de Serviço para a construção da UPA Rio Doce dia 22 para escapar da possível cassação. Tem que explicar por quê reteve por 2 anos e 9 meses o dinheiro (carimbado), prejudicando os moradores de Rio Doce. Com a palavra o MPPE e o TCE.
fontes:BLOG OLINDA HOJE E JORNAL SEM CENSURA
OLINDA É PARA PROFISSIONAL DA POLÍTICA, QUE SE ACHA BLINDADO E IGNORA AS LEIS
Manoel Larré]
Para o conjunto da sociedade olindense, em se falando de cidadãos e organizações públicas, políticas e privadas, com capacidade de discernir, de intervir politicamente e socialmente nos destinos do município, o prefeito Renildo Calheiros (PCdoB), em sua recente entrevista destrambelhada a Folha de Pernambuco, batendo no peito, escorregou ao abrir a boca mostrando o seu lado autoritário, obscurantista e primitivo ao dizer que Olinda não é para amadores, se auto definindo como um “profissional da política” com aquela capacidade boquirrota de ser grandiloquente sobre o nada, um misto de mentira, má-fé e vigarice política.
É ridículo ao querer fazer um esforço gigantesco para justificar o injustificável, pois a sua gestão à frente do município é avaliada pelos eleitores olindenses como a pior dos últimos tempos. Ninguém merece um prefeito metido a bonachão e cheio de empáfia, embebido de cinismo, que se mantém no cargo até hoje, por conta da blindagem vinda de Brasília (DF), com o irmão, por enquanto, ainda senador-presidente do Senado Federal (que passou a ser réu em processo acusado pelo Ministério Público Federal) e da vergonhosa maioria de vereadores cooptados na Câmara Municipal, verdadeiras lagartixas a balançar as cabeças ao seu patrão em troca de favores, cargos e emendas parlamentares que dão margem às barganhas políticas.
Voltando as elucubrações do prefeito sobre a política municipal, quando diz “Olinda não é para quem quer, e sim, para quem tem condições. É uma cidade que requer muito juízo e, sobretudo a capacidade de unir. Porque é uma cidade com arrecadação de cidade pequena, mas com problemas de cidade grande”, chega a causar náuseas à população. Renildo Calheiros necessita humilhar e detratar seus adversários que divergem de sua desastrosa gestão.
O prefeito abusa da paciência dos olindenses. Não fala das obras paralisadas, como o estádio municipal Grito da República, em Rio Doce, há mais de dez anos em construção ao custo de R$ 10 milhões. É uma obra para se chamar de “elefante branco”, pois Olinda não tem tradição e nem times para disputar uma primeira ou mesmo a segunda divisão do campeonato pernambucano.
Não fala da UPA de Rio Doce, com mais de três anos de atraso, desde o decreto 38.151/2012 com Ordem de Serviço assinada pelo ex-governador Eduardo Campos, em 04 de maio de 2012, com verba de R$ 1.818.517,00. Nem fala da requalificação da Vila Olímpica, com mais de um ano após o prazo encerrado para a sua entrega, em junho de 2014.Existem Academias de Saúde em diversos bairros de Olinda sem início ou obras inacabadas, sem lembrar o Restaurante Popular, no bairro de Peixinhos.
Agora o prefeito responde por irregularidades no contrato 131/2014 referente à limpeza urbana no município, com os seus subordinados multados individualmente em R$ 5 mil. Esse dinheiro, com certeza, não sairá dos bolsos deles e sim do contribuinte. Sua vaidade de promoções gigantescas sempre o precede. O prefeito olindense é bem mais perturbado do que o seu pensamento. O seu discurso é simplesmente nauseabundo, não tem início, nem meio e nem fim.