Uma nova pesquisa presidencial do Datafolha será divulgada na quinta-feira. Será realizada em dois dias, entre a quarta-feira e a própria quinta-feira. O instituto entrevistará 2.556 pessoas acima de 16 anos em todos os estados brasileiros. A margem de erro é de dois pontos percentuais para cima ou para baixo. As informações são do colunista Lauro Jardim, do O Globo.
A última pesquisa Datafolha, divulgada em 26 de maio, acendeu um sinal amarelo no bolsonarismo: pela primeira vez, cravou-se a possibilidade de Lula liquidar a fatura no primeiro turno. O petista apareceu com 48% dos votos contra 27% de Jair Bolsonaro. A pesquisa de agora captará o efeito do novo reajuste da gasolina e do diesel.
Se Lula mantiver agora essa chance de vencer no primeiro turno a pressão do Centrão e de outros aliados de Bolsonaro para a adoção de medidas populistas na economia crescerá exponencialmente — para o desespero de Paulo Guedes. Afinal, faltam pouco mais de 100 dias para a eleição. E nessas horas os políticos fazem o diabo para triunfar nas urnas.
A pesquisa atrairá interesse também para quem quiser medir, um mês depois, a quantas anda a candidatura de Ciro Gomes. Continuará na faixa dos 7%? Qualquer queda além da margem de erro, por exemplo, poderá ter efeito grave para sua candidatura. Há o temor dentro do PDT de que, se isso ocorrer, pode vir a ser um estopim para uma debandada.
Já Simone Tebet é outra que será obrigada a mostrar a que veio. Ao menos é isso o que o MDB contrário à sua candidatura espera — ele tem pressa para aumentar pressão por sua desistência. Do dia em que sua pré-candidatura foi lançada até o dia em que a pesquisa estará sendo divulgada terá se passado um mês. No último Datafolha, Simone apareceu com magros 2%.
A pesquisa também questionará o eleitor sobre a morte de Dom Philips e Bruno Pereira; sobre se tem conseguido comprar comida suficiente para sua casa; e sobre inflação. Tentará medir o grau de confiança no governo Bolsonaro.
Embora haja uma enxurrada de pesquisas divulgadas diariamente — parte delas encomendadas por bancos e outra parte de institutos sem tradição ou absolutamente desconhecidos — o Datafolha tradicionalmente baliza o sentimento do mundo político em relação à fotografia do momento eleitoral, ao lado das pesquisas do Ipec (ex-Ibope).