Muitas pessoas, principalmente estudantes, foram levadas para o local nas décadas de 1970 e 1980 para interrogatórios policiais
O Salão Memorial da Democracia e dos Direitos Humanos está localizado em uma estrutura de sete andares, onde muitas pessoas, principalmente estudantes, foram levadas para interrogatórios policiais nas décadas de 1970 e 1980, período em que Park Chung-hee e Chun Doo-hwan eram os presidentes do país.
Entre esses estudantes estava Park Jong-chul, um aluno da Universidade Nacional de Seul, que foi torturado até a morte no local em 1989. Um médico que realizou a autópsia de Park revelou a causa da morte ao público, provocando protestos maciços. Por fim, esse evento foi o ponto de virada que levou ao Movimento Democrático de junho (10 a 29 de junho) em 1989, o que acabou resultando em sufrágio geral para os sul-coreanos.
O edifício, localizado no centro de Seul, perto da estação de metrô Namyeong, ganhou vida nova recentemente. É de propriedade e gerenciado pela Korea Democracy Foundation, que afirma que o museu servirá como “um local para aprender a expandir a democracia e plantar suas raízes, e um ponto de solidariedade onde muitas nações e povos de todo o mundo podem lutar juntos pela democracia”.
As exposições do museu também se concentram na democracia global, com um foco particular na Ásia. Um representante disse à CNN Travel que há planos de construir um “parque temático da democracia” no lugar, embora não esteja claro como será.
Desde a morte de Park, seu legado continua. Em 2016, o aclamado autor sul-coreano Han Kang escreveu sobre um levante de 1980 em Gwangju, no qual estudantes universitários foram espancados e estuprados por policiais, em seu romance “Atos Humanos”. Em 2017, um filme intitulado “1987: Quando o dia chegar” dramatizou os eventos em torno da morte de Park e do subsequente Movimento Democrático de junho.
Fonte:
CNN-Human rights museum opens in former Seoul torture site