SOCIÓLOGOS DE HARVARD, CAMBRIDGE E SORBONNE CRITICAM BOLSONARO

O manifesto foi divulgado no dia seguinte às falas do presidente sobre corte de verbas para sociologia e filosofia
A carta foi assinada por 5.089 pesquisadores de diversas universidades nacionais e internacionais Foto: Jorge William / Agência O Globo
A carta foi assinada por 5.089 pesquisadores de diversas universidades nacionais e internacionais Foto: Jorge William / Agência O Globo

Victor Farias

Pouco mais de 5 mil sociólogos, incluindo professores e pesquisadores das universidades Harvard, nos Estados Unidos, Cambridge, na Inglaterra, e Sorbonne, na França, divulgaram um manifesto em apoio ao estudo da sociologia no Brasil.

O texto, assinado por 5.089 pesquisadores, foi publicado um dia após o presidente Jair Bolsonaro defender o corte de gastos públicos em sociologia e filosofia para empregar a verba em “áreas que geram retorno imediato”.

No documento, os sociólogos pedem que o governo brasileiro reconsidere a medida.

“A tentativa de tirar fundos de programas de sociologia é uma afronta à disciplina, à academia e, mais ainda, à busca humana pelo conhecimento.”

De acordo com os estudiosos, “muitos políticos foram convencidos, por meio de uma marquetização da educação superior, que a educação universitária só é valida se for imediatamente rentável”, mas isso seria errado, já que “o propósito da educação superior deve ser produzir uma sociedade enriquecida e escolarizada, que se beneficia do ambiente coletivo para criar conhecimento”.

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