O título acima – Ao mestre com carinho – é de um filme lançado em 1967, com a assinatura do diretor, James Clavell, tendo como protagonista o extraordinário Sidney Poitier. Mais que um simples título de filme, sempre interpretei a “chamada” como uma advertência ao que sempre deveria acontecer: oferecermos carinho e gentileza aos nossos mestres como forma de gratidão.
Hoje, dia 10 de novembro, estamos comemorando o aniversário do jornalista Lenivaldo Aragão, que faço questão de lhe tratar carinhosamente de mestre Leni. Reconheço que as vezes ele fica encabulado, e para disfarçar, brinca repetindo uma frase que carrega pronta: “Minha parte dos elogios quero em dinheiro”.
Costumo dizer que fui um privilegiado. Quando cheguei para me incorporar a equipe de esportes do Diário de Pernambuco, em 1975, o editor era o jornalista Adonias de Moura, um dos maiores cronistas esportivos do País. No seu time, só craques: Lenivaldo Aragão, Silvio Oliveira, Júlio José, Valdi Coutinho, Amaury Veloso e Robson Sampaio.
Adonias se comportava como se fosse o paizão de todos eles. Ninguém se atrevia a dizer nada sobre os “meninos de Adonias”. O velho Bubu nos dava essa segurança. Mas eu cheguei justamente para ocupar a vaga daquele que escalei como meu grande mestre: Lenivaldo Aragão. Leni estava se transferindo para a revista Placar.
A mudança de endereço em nada alterou a empatia existente entre nós. Digamos que impossibilitou uns encontros na Portuguesa, no Piquenique, no Dom Pedro ou no Savoy, mesmo assim tomamos bons tragos pela vida afora. Quando ele começava a cantarolar os frevos de Capiba, Nelson Ferreira, Antônio Maria, o Hino do Cisne Branco, e tantos outros, sabíamos que a alegria do mestre estava em alta.
Tive o prazer de participar de uma homenagem que o comandante do Navio Escola Cisne Branco fez pra ele, uma recepção informal, mas de um significado tamanho para quem, na juventude, sonhou em ser marinheiro e conhecer o mundo através dos mares. Um momento de emoção para Lenivaldo durante uma das edições da Refeno, em Fernando de Noronha.
O mestre Leni, sem dizer nada, apenas como referência, me ensinou a pôr vários pontos nos Is. Me deu a oportunidade de escreve para a Revista Placar, me chamou para ser sócio e lançar o semanário Tablóide; me convidou para escrever na revista Campeão…
Gratidão sempre mestre Leni!
Todas as louvações que forem feitas a você são justas e merecidas. És um ponto fora da curva. Nossa lenda, nossa enciclopédia, sabes mais que o google. Isso eu garanto.
Eita! Se os elogios forem transformados em dinheiro valerão uma grana. Risos!
Abraço fraterno neste dia tão especial para os seus amigos.
De uma coisa você pode ter certeza: você será sempre minha referência maior como cronista esportivo.
Um brinde ao maestro do Cisne Branco!