UM AMOR DE CARNAVAL NA DANÇA DO CORAÇÃO. Por Flávio Chaves

Por Flávio Chaves – Jornalista, escritor, poeta e membro da Academia Pernambucana de Letras. Foi Delegado Federal/Minc

Na efervescência da folia de Momo, onde as ruas se enchem de cores, ritmos e sorrisos, há um casal que se destaca entre os foliões, envolto em uma aura de amor e cumplicidade. Enquanto o mundo ao redor se entrega à festa, eles mergulham ainda mais fundo na dança do coração.

É como se cada batida de tambor fosse um eco do amor que pulsa em seus peitos, como se cada passo do frevo fosse uma declaração de paixão. Eles se abraçam entre confetes e serpentinas, seus olhos refletindo o brilho dos fogos de artifício e a chama que arde entre eles.

Enquanto as músicas ecoam pelas ruas, eles se encontram na melodia, dançando ao som dos bandolins, banjos, pandeiros e cavaquinhos, como se suas almas estivessem sincronizadas com cada nota. Cada sorriso trocado é uma promessa de felicidade eterna, cada olhar é uma conversa silenciosa que apenas eles entendem.

Entre os blocos e os trios elétricos, eles se perdem e se encontram, como se o caos da festa apenas os unisse ainda mais. E quando a multidão se acalma e a noite se transforma na madrugada, eles se afastam um pouco do tumulto, encontrando um cantinho só deles, iluminado pelo suave som de um saxofone distante.

Ali, sob o céu estrelado e o brilho da lua, eles se abraçam mais uma vez, perdidos no momento mágico que estão vivendo. E ela, com seu olhar cheio de amor, declara com a certeza de quem encontrou sua verdadeira alma gêmea: “Nosso amor é o verdadeiro campeão desta folia, meu bem.”

E então, de mãos dadas e um fundo beijo com ternura, eles brindam à vida, à folia, e, acima de tudo, ao amor que os juntam, enquanto dançam na avenida da existência, celebrando a beleza efêmera do carnaval e a incandescência do amor, sempre.