Carlos Newton
Temos afirmado aqui na Tribuna da Internet que as pesquisas de opinião estão sendo manipuladas, de forma a conduzir os eleitores para a polarização entre dois candidatos que já mostraram não merecer a Presidência da República. Apesar de se tratar de dois políticos de péssima biografia e má reputação, sem notório saber e caráter ilibado, os institutos de pesquisas ganham generosos patrocínios para tentar conduzir o eleitorado. Mas essa manobra não está dando certo.
Os próprios partidos não acreditam nas pesquisas chamadas de quantitativas e que estão sujeitas a diversas manipulações, a começar pela pergunta inicial.
ESPONTÂNEA OU SUGERIDA? – Há dois tipos de levantamentos de intenção de voto – o espontâneo e o sugerido. Quando se trata de avaliar o eleitorado, a maneira correta de proceder é iniciar o questionário com a pergunta da pesquisa espontânea: “Em quem você vai votar para presidente?”. Simples assim.
Depois, então, se faz a pesquisa sugerida, apresentando os nomes dos concorrentes e indagando: “Em qual desses candidatos você pretende votar?”
Quando se começa pelo levantamento sugerido, mandando escolher entre os candidatos, a pesquisa fica contaminada, porque muitos eleitores ainda indecisos acabam escolhendo um ou outro, mas o fazem sem convicção.
SINTONIA MAIS FINA – Os levantamentos qualitativos e espontâneos, que os partidos sempre fazem, têm um grau de acerto muito superior, porque operam em sintonia fina, digamos assim. É o caso da pesquisa entregue nesta quarta-feira aos dirigentes do MDB, PSDB e Cidadania.
Os presidentes dos três partidos – Baleia Rossi, Bruno Araújo e Roberto Freire, respectivamente – anunciaram ter chegado a um consenso, mas adiaram o anúncio a pretexto de consultar os partidos.
O importante é o que Freire, afirmou, ao declarar que a pesquisa contratada pelas legendas demonstrou que mais de 50% do eleitorado não estão satisfeitos com a polarização.
E o presidente do MDB, Baleia Rossi, também enfatizou a importância dos dados da pesquisa para reforçar a candidatura da terceira via.