Ala política endossou PEC dos Combustíveis, contrariando Guedes

 

A ala política do governo endossou, segundo fontes do Planalto, a mais nova Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que visa a alterar o preço dos combustíveis e que foi apresentada ontem pelo senador Carlos Fávaro, do PSD do Mato Grosso. Ela foi considerada por integrantes do Ministério da Economia como “kamikaze” e “suicida”.

O impacto estimado pela equipe econômica é de pelo menos R$ 100 bilhões, o que levaria a um desarranjo fiscal e alta do dólar e dos juros. Isso no dia seguinte ao ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, e o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), terem contrariado o ministro Paulo Guedes e apoiado a apresentação de uma PEC que também visa mexer no preço dos combustíveis em contraposição ao que a equipe econômica defende.

A PEC apresentada nessa sexta pelo senador é considerada pior que a de quinta-feira (3), mas, ainda assim, recebeu a assinatura de integrante da articulação política do governo. O líder do governo no Congresso, Eduardo Gomes (MDB-TO), e o vice-líder do governo no Senado, Carlos Viana (PSD-MG), assinaram a medida.

Além disso, outros parlamentares alinhados ao Palácio do Planalto também endossaram a matéria, como Marcos Rogério (DEM-RO), favorito para assumir a liderança do governo na casa, e Carlos Portinho (PL-RJ), que integra o mesmo partido do presidente Jair Bolsonaro (PL).

As informações são da CNN Brasil.