O evento foi rápido, e com poucos convidados, devido aos cuidados tomados em razão da pandemia de Covid-19
André é o segundo nome apontado por Bolsonaro para compor o tribunal. O primeiro foi Nunes Marques, que está no STF desde o fim do ano passado. O evento foi rápido, e com poucos convidados, devido aos cuidados tomados em razão da pandemia de Covid-19.
Entre os presentes na cerimônia estava o presidente Jair Bolsonaro, que apresentou um teste de Covid-19 com resultado negativo para poder entrar no STF. A outra opção para participar do evento seria a apresentação do comprovante de imunização, mas Bolsonaro vem se recusando a vacinar.
Também estão presentes o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), o procurador-geral da República, Augusto Aras, o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Felipe Santa Cruz, entre outros.
Mendonça chegou ao plenário conduzido por Nunes Marques, o ministro mais novo do STF, e Ricardo Lewandowski, o segundo mais antigo. Gilmar Mendes, que é quem está há mais tempo no tribunal, está em Portugal e, por isso, não participou da cerimônia. A ministra Cármen Lúcia também não compareceu à solenidade.
Já em Plenário, o novo ministro prestou o seguinte juramento: “Prometo bem e fielmente cumprir os deveres do cargo de ministro do Supremo Tribunal Federal, em conformidade com a Constituição e as leis da República”.
Após a breve liturgia da posse, o presidente do STF, ministro Luiz Fux, fez uma rápida leitura de “alguns dados pessoais e profissionais para declarar as boas vindas ao novo ministro”.
Bolsonaro indicou André Mendonça para o STF em julho deste ano, mas o presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), demorou em marcar à sabatina. Sem isso, Mendonça teve sua indicação travada.
A resistência de Alcolumbre atrasou a nomeação por quase cinco meses. A sabatina ocorreu apenas em 1º de dezembro. Depois disso, Mendonça teve seu nome aprovado pela CCJ por 18 votos a nove e, em seguida, pelo plenário do Senado por 47 votos a 32, o mais apertado placar de um indicado ao STF da atual composição da Corte.
O novo ministro ocupará a vaga que era de Marco Aurélio Mello, que se aposentou após completar 75 anos, idade em que a aposentadoria é obrigatória. Assim, ele vai herdar processos que estavam no gabinete de seu antecessor.
Entre outros casos, Mendonça vai ser o responsável por dois inquéritos que têm o presidente da Câmara, Arthur Lira, como alvo. Ele também vai ser o relator de algumas ações que questionam atos do governo do presidente Jair Bolsonaro, como o combate a queimadas, a reforma agrária e o licenciamento de agrotóxicos.
O relator é o ministro responsável por tocar um processo no tribunal. Muitas decisões são tomadas em conjunto, em julgamentos no plenário e nas turmas da Corte, mas o relator pode também decidir individualmente muitos casos. Além disso, é ele quem dita o ritmo do processo, podendo dar mais celeridade ao seu andamento ou, ao contrário, retardando-o.