Às doses anunciadas neste mês pelos Estados Unidos, se somarão 100 milhões doados pelo Reino Unido e mais 400 milhões divididos entre França, Alemanha, Itália, Canadá e Japão
CORNUALHA, REINO UNIDO – O G-7, grupo dos sete países mais ricos do mundo, se comprometeu em ampliar de 500 milhões para 1 bilhão o número de doses de vacinas contra a covid-19 doado para os países mais pobres do planeta, como parte do esforço de conter a pandemia.
Às doses anunciadas neste mês pelos Estados Unidos, se somarão 100 milhões doados pelo Reino Unido e mais 400 milhões divididos entre França, Alemanha, Itália, Canadá e Japão. Presidentes e primeiros-ministros do G-7 estão reunidos na Cornualha, na Inglaterra, para o primeiro encontro do grupo desde 2019.
O controle da pandemia foi a principal pauta da reunião, além do foco na recuperação da economia global. Em discurso, o premiê britânico, Boris Johnson, alertou para o risco de repetir os erros dos últimos 18 meses de luta contra o coronavírus, quando as novas ondas de contágio e o surgimento de variantes do vírus prejudicaram a economia global.
O secretário-geral da ONU, António Guterres, saudou as doações, mas afirmou que mais precisa ser feito. Sem um esforço global, afirmou, o coronavírus poderia se espalhar como um incêndio em grande parte do mundo em desenvolvimento. “Precisamos de um plano global de vacinação. Precisamos agir com lógica, com senso de urgência e com as prioridades de uma economia de guerra, e ainda estamos longe disso”, disse.
A pandemia matou até o momento cerca de 3,9 milhões de pessoas em todo o mundo. De acordo com dados da Universidade Johns Hopkins, 2,2 bilhões de pessoas foram vacinadas até o momento. As campanhas de imunização, no entanto, ocorrem de maneira bastante desigual, com países como EUA, Israel e Reino Unido liderando a corrida.
Como a maioria das pessoas precisará de duas doses de vacina e, possivelmente, de doses de reforço para combater as variantes emergentes, a Oxfam estima que o mundo precisaria de 11 bilhões de doses para acabar com a pandemia. / W. POST, NYT e REUTERS