Dinheiro jogado fora constrangeu TRE

Após o Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco manter, hoje, a cassação da chapa do prefeito e vice-prefeito eleitos de Joaquim Nabuco, Neto Barreto (PTB) e Eraldo Veloso (MDB), respectivamente, o presidente do TRE, desembargador Frederico Neves, disse que esse caso de Joaquim Nabuco, além de fugir dos parâmetros da razoabilidade e da normalidade, foge aos parâmetros mínimos da moralidade e da ética. Um verdadeiro desrespeito às pessoas e às leis. “Eu fiquei envergonhado em ver esses vídeos, a pessoa jogando dinheiro e o povo coitado, necessitado, se amontoando atrás daquelas cédulas, isso é uma coisa triste, muito triste, e muito ruim para estado de Pernambuco, não é apenas para aquele município não”, pontuou.

No entendimento do TRE, que acatou ação da Frente Popular de Joaquim Nabuco, ficou comprovada a compra de voto no dia da eleição. O caso teve grande repercussão na época, pois, no dia da eleição, a chapa eleita promoveu uma “chuva” de dinheiro na sacada de uma varanda.

“O abuso de poder econômico e a captação ilícita de sufrágio neste caso foram tão evidentes que não tinha como o Judiciário Eleitoral entender de modo diverso ao da cassação do prefeito e do vice que, inclusive, tiveram participação direta nos eventos delitivos”, pontuou a advogada da Frente Popular de Joaquim Nabuco, Diana Câmara (foto).

Ela ainda explicou que, agora, após o TRE-PE ter decidido pela condenação deles, o presidente da Câmara, vereador Charles Batista (SD), assume o comando da cidade provisoriamente até a realização da nova eleição no município.