Insumos da vacina de Oxford chegam ao Brasil 

No final da tarde deste sábado (6), o primeiro lote com insumos para a produção da vacina Oxford/AstraZeneca na Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) chegou ao Rio de Janeiro. Material importado da China chegou no Aeroporto do Galeão e será levado para Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz)

Os 90 litros de ingrediente farmacêutico ativo (IFA) serão usados pela Fiocruz  para fabricar a vacina em solo brasileiro.

Depois do desembarque, o IFA será transportado para o Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos/Fiocruz), na zona norte do Rio de Janeiro. Lá, após checagens de controle de qualidade, o insumo deve ser liberado na próxima quarta-feira (10) para descongelamento, já que precisa ser transportado a -55 graus Celsius. O degelo precisa ser feito lentamente, e somente na sexta-feira (12), deve ter início a formulação do lote de pré-validação, necessário para garantir que o processo de produção da vacina está adequado.

O primeiro lote contém cerca de 90 litros de IFA, armazenados a -55ºC, suficientes para a produção de 2,8 milhões de doses, do total de 15 milhões a serem recebidos ainda este mês. Em vez de uma remessa mensal de dois lotes, a Fiocruz receberá três lotes em fevereiro. A partir do recebimento desses insumos, a Fiocruz tem previsão de entregar ao Programa Nacional de Imunizações (PNI) do Ministério da Saúde (MS), em março, 15 milhões de doses da vacina. A primeira entrega, com 1 milhão de doses, deverá ocorrer na semana de 15 a 19 de março.

Ainda que sejam necessários ajustes no início do cronograma de produção inicialmente pactuado, a Fiocruz vai escalonar sua produção ao longo dos primeiros meses para manter a meta de 100,4 milhões de doses até julho deste ano.

O IFA possibilitará a produção de mais 2,8 milhões de doses do imunizante contra a Covid-19, que já começou a ser aplicada no Brasil a partir de 2 milhões de doses prontas importadas da Índia no mês passado.

O insumo foi fabricado no laboratório Wuxi Biologics, em Xangai, na China, que já teve aprovação da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) no ano passado. A aeronave deixou o país às 20h35 da última quinta (4), no horário de Brasília, e agora seguirá para a Fiocruz, na zona norte do Rio de Janeiro.