Apple supera Amazon e volta a ser marca mais valiosa do mundo

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Embora a pandemia tenha trazido problemas à economia mundial, tirando renda de grande parte da população, parece que as gigantes de tecnologia estão passando ilesas por este período. Companhias como Apple, Amazon e Google foram eleitas as mais valiosas do mundo, de acordo com dados do relatório anual Brad Finance, uma consultoria britânica de avaliação de marcas, publicado nesta segunda-feira (26).

Em um ranking composto pelas 500 maiores empresas do mundo, a famosa maçã teve o melhor desempenho e volta a liderar a lista depois de cinco anos. Ao todo, a Apple teve uma valorização de mais de 87% em um ano, passando de US$ 140 bilhões para US$ 263 bilhões.

Na sequência, aparece a Amazon, que ocupou a primeira posição nas três edições anteriores, com uma valorização de 15% no valor de mercado para US$ 254 bilhões. Já o Google desce da segunda para a terceira posição, com um avanço tímido de 1,4% para US$ 191 bilhões.

Entre os motivos que explicam a alta da Apple, estão a sua estratégia de diversificação de produtos e serviços. Nos últimos cinco anos, sob responsabilidade do CEO, Tim Cook, a big tech decidiu ir além do iPhone, que era a principal fonte de receita até então, e apostar em novos negócios.

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“A política de diversificação permitiu que a marca expandisse em serviços digitais e de assinatura, incluindo App Store, iCloud, Apple Podcasts, Apple Music, Apple TV e Apple Arcade. Apenas no dia de ano-novo, os clientes gastaram US$ 540 milhões em produtos e serviços digitais na Apple Store”, enfatiza o documento.

Sobre a Amazon, o estudo ressalta que a empresa conseguiu operar um crescimento saudável em 2020, tendo uma considerável elevação no seu valor de mercado, além de ter sido uma das poucas companhias que se beneficiaram da pandemia do novo coronavírus, em razão do isolamento social.

É bom lembrar que a gigante do e-commerce adquiriu 11 aviões de passageiros de companhias aéreas em dificuldades, visando expandir a capacidade logística da plataforma e aumentar o seu valor comercial.

“Uma compra tática para apoiar sua base de clientes em rápido crescimento, mas também um movimento estratégico para construir sua própria cadeia de suprimentos ponta a ponta”, destaca.

Tesla vale 157% a mais

O índice da Brad Finance também mostra quais empresas tiveram as maiores variações durante o ano. Na ponta do estudo, a montadora Tesla avançou quase 158% em valor de mercado, saltando da 147º posição para a 42º, valendo US$ 31 bilhões.

Por outro lado, na lanterninha, aparecem os conglomerados de mídia CBS e NBC que tiveram perdas superiores a 40%. Empresas aéreas, como Boeing, American Airlines, United, Delta e Airbus, também amargam resultados parecidos.

Da Mastercard, Ajay Banga é o melhor CEO do ano

Além dos dados de desempenho, o relatório Brad Finance elege os melhores CEOs do ano. Nesta edição o título ficou para Ajay Banga, da Mastercard, por ter abraçado a inovação e garantido que a empresa continuasse relevante, apesar das constantes novidades que surgem diariamente.

“Banga também defende a ideia de inclusão financeira e aproveitou sua influência para construir parcerias estratégicas com instituições financeiras em todo o mundo a fim de ajudar no combate à pobreza”, aponta o documento.

O pódio de CEOs se completa com Jensen Huang, da Nvidia, e Reed Hastings, da Netflix. Segundo o relatório, em 2020, a Covid-19 foi o maior desafio para qualquer executivo que teve de encontrar uma forma de equilibrar os interesses da corporação e os da sociedade em meio à pandemia.

“Os líderes tiveram que defender os interesses financeiros dos acionistas e ao mesmo tempo proteger os funcionários da pandemia. Isso exigiu determinação e visão para proteger — e em alguns casos crescer — um dos ativos mais importantes desses líderes, que é a marca de sua empresa”, diz David Haigh, CEO Brand Finance.

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