Esquerda, direita e até bolsonaristas se uniram para derrotar candidato de Davi Alcolumbre em Macapá

Em uma união só vista (anteriormente) em 2018 quando elegeram Jair Bolsonaro presidente, a direita do Amapá teve uma participação expressiva e (decisiva) na eleição do último domingo (20/12).

A briga foi tão acirrada, que o líder do PSL no Estado, mesmo hospitalizado, resolveu deixar as diferenças de lado e declarar apoio de forma aberta a Antonio Furlan.
Dr. Furlan (Cidadania) foi eleito prefeito de Macapá (Amapá)

Guaracy Júnior que teve mais de 17 mil votos no primeiro turno das eleições de Macapá, fez declarações fortes e denunciou o esquema feito pelos Alcolumbres na busca incessante pelo poder.

O vídeo do conservador, acusando Davi e Josiel Alcolumbre de impelirem contra todos os candidatos na briga pela prefeitura, já atingiu milhares de visualizações e já é visto na mídia nacional, já que se trata do presidente do Senado.

No entanto, ao contrário do que a imprensa nacional fala, Antônio Furlan (Cidadania), não foi eleito apenas pela esquerda e sim, pela junção de poderes que fizeram do pleito uma oportunidade única de tirar a prefeitura do grupo majoritário do Estado.

Comandado pelo então Governador Waldez Góes e pelo presidente do senado Davi Alcolumbre, o grupo chamado “harmonia” é o mais extenso e poderoso grupo do Amapá. A questão é que esse poderio todo não alcançou nos últimos anos o anseio da população que sofre com a pandemia, com a falta de politicas públicas e com o descaso na saúde.

Demora do Governo para reestabelecer a normalidade após apagão no estado, também influenciou eleitores.

Para piorar o cenário politico da turma da harmonia, aconteceu o apagão que deixou o Estado inteiro sem energia (elétrica por 21 dias) agravando ainda mais (os efeitos) da pandemia.

Isso desgastou muito os senhores do poder do Amapá, a começar pelo presidente do senado Davi Alcolumbre e todos os deputados federais, estaduais, vereadores, empresários, e até o presidente da republica Jair Bolsonaro que, (às vésperas) do segundo turno resolveu pedir voto a Josiel Alcolumbre.

Mesmo Macapá tendo um movimento de direita conservador bem definido, ficou inviável acatar com a o pedido do representante da direita nacional, o presidente da republica.

É fácil entender, a questão não é pessoal a Jair Bolsonaro e sim, a pessoa de Davi Alcolumbre, que entrou em total desprestigio e demérito aos olhos da população Amapaense e Macapaense.

Com a junção de forças contra Davi Alcolumbre, cresceu também a ideia de que a oposição (esquerda) ao Planalto, teria tido vitória em Macapá. Na verdade, quem ganhou foi o povo, que teve seus representantes a declararem apoio a Antonio Furlan e com isso, mostraram sua indignação nas urnas.

Bolsonaro fez vídeo apoiando candidatura de Josiel Alcolumbre

 

Viu-se um deslumbre unanime da direita do Amapá na busca da desconstrução do poder que levou e tem levado a população ao caos.

Movimentos como Direita Amapá representado Karlison Rebolças e Edu Siqueira, Movimento Brasil contra a Corrupção, representado por Marcus e Tayson, legendas como o Podemos, representado por Patrícia Ferraz, PRTB por Cirilo Fernandes e até o de extrema direita e conservador Guaracy Júnior, mostraram suas caras e entraram na briga para eleger Dr. Furlan, (fator esse que se mostrou decisivo na consolidação da derrota do grupo “harmonia”)

Logo, a vitória de Dr. Furlan está longe de ser uma vitória da esquerda de Randolfe Rodrigues, como está sendo noticiada Brasil a fora.

A vitória de Antonio Furlan, se deu a objeções de um povo que não aguenta mais a manipulação do poder em torno de um grupo que é o responsável por toda a miséria do Amapá.