No desfile do carnaval da política, o bloco Mascarados do Planalto sai em busca de novos serviçais

Charge do Kacio (Portal Metrópoles)

Vicente Limongi Netto

Sem carnaval, por causa da pandemia, foliões engravatados começaram a esquentar as canelas para o baile das eleições na  Câmara e no Senado. O deputado  Rodrigo Maia lidera  o bloco dos independentes, que desfilam fantasiados de Legislativo Valorizado. Sem dobrar a espinha para o Palácio do Planalto.

O bloco adversário, com o deputado Arthur Lira, promete brincar o carnaval com a original fantasia de sabujos. Bordada com paetês, cristais, plumas  e confetes, para  agradar Bolsonaro.

REI MOMO ALCOLUMBRE – No Senado, o Rei Momo Davi Alcolumbre bate tambor, no  barracão dos fantoches. Para ver quem  será o serviçal  escolhido para servir de pasto, na presidência da Câmara Alta, aos interesses da reeleição de Bolsonaro.  Nas arquibancadas virtuais, o povo vaia a colossal pantomima.

Ao mesmo tempo, chegam a ser descarados  e assustadores  os lances de idas e vindas do governo, através do Ministério da Saúde e da Anvisa,  visando atrapalhar e atrasar a anunciada decisão do governador de São Paulo, João Doria, de  iniciar no próximo dia 25 de janeiro a inédita e aguardada vacinação contra o coronavirus.

O objetivo de Bolsonaro, usando  a vacina como palanque eleitoral e inacreditável jogo politico baixo, é fragilizar e   desmoralizar a campanha de Dória rumo ao Palácio do Planalto.

HISTORIADORES FELIZES – Têm farto material sobre as patetices e grosserias de Bolsonaro.  Por insensibilidade e falta de bom senso, chamou a Covid-19 de “gripezinha”. Não admitiu ser advertido pelos governadores que a pandemia era grave e se espalhava diariamente. Desfila pelo Brasil sem máscara. Faz questão de afrontar as normas sanitárias. As trapalhadas do “mito” são infindáveis. Para enumerar todas elas, precisaria usar várias máscaras de uma vez. Para me proteger das parlapatices do chefe da nação e minha própria saúde.

Agora, outra descomunal tolice. Bolsonaro declarou, com a maior cara de pau, que “o Brasil está no finalzinho” da pandemia”. É de pasmar. O vírus está matando brasileiros mais do que antes. A situação beirando o caos. Hospitais lotados. Infectados nos corredores. Lamento, isto sim, que o desastrado governo dele é que não esteja no “finalzinho”.

CORREIO BOBEOU – O Correio preferiu não acreditar na minha análise sobre o caso Davi Alcolumbre, na qual previ o que aconteceria no Supremo e analisei a trajetória desse estranho personagem saído ninguém sabe de onde.

O jornalão de Brasília jogou fora informações seguras e isentas. Pelo jeito, leitores e colaboradores não pode antecipar fatos que “pertencem” aos colunistas do jornal.

Morro de rir. Isso é patético, medonho e inacreditável. E não é jornalismo, conforme faz a Tribuna da Internet, que publicou com grande destaque o meu artigo, sob o título sugestivo de “Manobra para reeleger Davi Alcolumbre no Senado é intromissão indevida que cheira mal”