Renan e Maia só ajudarão governo se Bolsonaro usar coleira

 

Não foi por amor ao governo que o senador Renan Calheiros (MDB-AL) promoveu, junto com a sua colega Kátia Abreu (PP-TO), o jantar de reconciliação entre o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e o ministro da Economia, Paulo Guedes.

Renan continua um crítico da gestão e das teses defendidas pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Mas ele é uma velha raposa da política. Desde que o ex-presidente José Sarney se aposentou, Renan assumiu o papel de político mais astuto do Congresso.

Viu na reaproximação de Maia e Guedes a oportunidade para colocar amarras no crescimento da popularidade de Bolsonaro.

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, não é velho. Mas já é um dos políticos mais experientes de sua geração, filho de outro político arguto, o ex-prefeito do Rio Cesar Maia.

O presidente da Câmara entendeu perfeitamente onde Renan Calheiros queria chegar e os dois passaram a jogar juntos. O raciocínio é simples:

Bolsonaro e Paulo Guedes precisam do Congresso para aprovar seus projetos, e os políticos não podem simplesmente negar. Mas podem impor condições para a aprovação. E essa negociação só poderia ser feita com a retomada do diálogo entre Maia e Guedes. Clique aqui e confira a matéria do jornalista Tales Faria na íntegra.