Em entrevista ao jornal britânico The Telegraph, no dia 13/05, o professor Stefan Peterson, chefe de saúde do Fundo das Nações Unidas para as Crianças (UNICEF), alertou sobre a inutilidade do lockdown em países pobres. De acordo com Peterson, muitos países africanos e sul-americanos simplesmente copiaram o modelo de lockdown de países mais desenvolvidos por não saberem como lidar com a pandemia de coronavírus, sem levar em conta as necessidades nacionais e regionais destes locais:

“O risco de crianças morrerem de malária, pneumonia ou diarreia nos países em desenvolvimento é crescente devido às restrições da pandemia e supera em muito qualquer ameaça apresentada pelo coronavírus.”

Peterson diz ainda que lockdown para essas regiões estão apenas prendendo as pessoas em suas casas, o que não impedirá a propagação do vírus: “Se você está pedindo às famílias que fiquem em casa em um quarto de uma favela, sem comida ou água, isso não limitará a transmissão do vírus.”

O professor adverte que as crianças são as maiores vitimas do lockdown nessas regiões, pois os serviços essenciais de saúde estão parados, campanhas da vacinação contra doenças infantis interrompidas, os pais têm medo de irem aos hospitais e contrair coronavírus. Além disso, com a economia parada, a pobreza e a fome aumentarão inevitavelmente:

“Pelo menos 117 milhões de crianças em todo o mundo provavelmente perderão as imunizações de rotina este ano.” O aumento da mortalidade infantil nos próximos 6 meses crescerá em 45%, o que resultaria em 1,2 milhão de crianças mortas pela fome e doenças, conclui Peterson.

Luciano Hang, fundador e proprietário da Havan

“Desde que o Coronavírus virou um prato cheio para a velha mídia, as pessoas pararam de morrer por outras causas. Mas a verdade é bem diferente. Informações do Ministério da Saúde, mostram que em abril outras doenças mataram mais que a pandemia. Mesmo assim ninguém fala sobre o assunto. Hoje, a OMS divulgou que o controle a Covid-19 pode levar até 5 anos. Até lá as pessoas vão ficar em lockdown? Vão ficar em casa e morrerão de fome? Digo e repito, toda vida tem valor, os grupos de risco precisam de cuidados especiais e nós devemos nos cuidar. Mas voltar ao trabalho é fundamental para que mantenhamos as condições de sobrevivência. Do contrário, não haverá plano emergencial, governo A ou B que fará milagre. Isolamento seletivo já! Vamos voltar ao trabalho. O que você acha?”

Espera-se que cerca de 1,4 milhão de pessoas morram devido a infecções por tuberculose não tratadas devido ao lockdown do coronavírus, de acordo com pesquisa publicada pelo Imperial College London e pela Johns Hopkins University.

Um estudo divulgado pelo Ministério do Interior alemão descobriu que o impacto do lockdown do país pode acabar matando mais pessoas do que o coronavírus devido a vítimas de outras doenças graves que não recebem tratamento.

Peter Nilsson, professor de medicina interna e epidemiologia da Universidade de Lund, alerta que a devastação econômica causada pelas quarentenas causará mais mortes do que o próprio coronavírus.

Analistas sul-africanos afirmam que lockdown matará 29 vezes mais que pandemia.

“O bem-estar do povo sempre foi o álibi dos tiranos”
Albert Camus

Mas como o Brasil é um pais rico como EUA, Japão e Alemanha, impor quarentenas e lockdowns sem fim não será problema não é mesmo? Afinal temos poucos pobres! O governador Wilson Witzel, muito preocupado em “salvar vidas” no Rio de Janeiro, tem usado a pandemia como mero pretexto para o enriquecimento ilícito. Witzel, Doria e outros governadores e prefeitos autoritários querem impor a população um “cárcere privado” sem fim. Eles dizem que a curva tem que “alcançar o pico”.

O deputado estadual Filippe Poubel, foi visitar um hospital de campanha construído pelo governador do Rio, onde estão sendo gastos R$ 60 milhões de reais, e descobriu que o hospital não passa de um amontoado de lona imprestável. Tudo indica que a fortuna utilizada foi desviada. A tirania de Witzel e de outros políticos começa a fazer sentido.