Pai da Teoria da Relatividade, que revoluciona noções de espaço, tempo e gravitação, físico ajudou a criar bomba atômica. Judeu, com o nazismo na Alemanha, refugiou-se nos EUA
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Cinquenta anos antes, trabalhava como avaliador de patentes, na Suíça, quando publicou os trabalhos teóricos que, somados a um outro publicado em 1916, mudariam para sempre sua vida – e nossa visão do mundo. A Teoria da Relatividade revolucionou as noções de espaço, tempo e gravitação e anunciou a equivalência entre massa e energia.
Este último conceito significa que uma partícula ínfima de matéria pode ser convertida numa enorme quantidade de energia – o princípio da bomba atômica.
O pacifismo foi uma das batalhas que o humanista Einstein perdeu. Com a ascensão dos nazistas na Alemanha, ele, judeu, refugiou-se em Princeton, nos Estados Unidos. Ali tomou aquela que considerava a mais dolorosa decisão de sua vida: escreveu ao presidente Franklin Roosevelt instando-o a investir na criação da bomba atômica, antes que os nazistas o fizessem. Foi atendido.
Outra das batalhas que perdeu, talvez a maior, foi a busca de uma relação matemática entre o eletromagnetismo e a gravitação. Seria o ponto de partida para uma lei geral de governo do universo, dos elétrons às estrelas – a chamada Teoria do Campo Unificado.
Por duas vezes, publicou textos que foram mal recebidos. Na segunda, em 1950, acusou o golpe. Passou a declarar-se “um estranho no mundo”. Morreu em Princeton, do rompimento de um aneurisma na aorta.
Prêmio Nobel de Física. Contrariando sua vocação pacifista, Einstein estimulou os EUA a construir a bomba atômica Arquivo / Divulgação